Brasil
Lula responde às ameaças dos EUA: diálogo aberto, mas com firmeza e interesse nacional

A fala de Trump de que Lula pode "ligar quando quiser" gerou expectativas, mas também cautela diplomática. A tensão entre os países aumentou após tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sanções contra autoridades brasileiras. Lula defende diálogo, mas avisa que há limites para o confronto.
A semana começou com expectativa sobre uma possível conversa entre o presidente Lula e Donald Trump, após o líder norte-americano declarar que Lula poderia falar com ele "quando quiser". A afirmação foi recebida com cautela pelo Itamaraty, que considera necessário preparo e articulação diplomática para esse tipo de diálogo entre chefes de Estado.
De acordo com o G1, diplomatas brasileiros destacaram que, apesar de simbólica, a declaração de Trump não garante abertura concreta. A comunicação entre líderes exige alinhamento entre equipes, definição de temas e cuidado com o tom, ainda mais em meio à recente escalada de tensão bilateral.
A tensão aumentou após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e sancionar, com base na Lei Magnitsky, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um gesto visto como agressivo contra o Brasil que colocou em alerta as autoridades brasileiras.
Durante um evento do PT, Lula comentou que é preciso cautela nas negociações com os Estados Unidos. Disse haver "limites" para o confronto e defendeu uma postura racional, afirmando que o Brasil não deseja conflito, mas também não tem medo de se posicionar em defesa da soberania nacional.
"O que nós queremos, nós estamos trabalhando, nós vamos ajudar as nossas empresas, nós vamos defender os nossos trabalhadores e vamos dizer o seguinte, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa", afirmou Lula.
O presidente garantiu que está disposto a buscar acordos, desde que respeitado o papel brasileiro nas negociações.
Em postagem nas redes sociais, Lula reforçou que o Brasil sempre esteve aberto ao diálogo e que cabe aos brasileiros e suas instituições definir os rumos do país. A mensagem, apesar de conciliatória, reafirma a autonomia brasileira diante das medidas impostas pelos EUA.
Um passo relevante na relação diplomática foi o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. Vieira afirmou que o Brasil não se curvará a pressões externas em referência à tentativa de interferência dos EUA sobre o processo judicial contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
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