O Camboja vai candidatar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento à intervenção do magnata para que o país do Sudeste Asiático fechasse um acordo de cessar-fogo com a vizinha Tailândia após cinco dias de conflitos.

A declaração foi feita pelo vice-primeiro-ministro cambojano, Sun Chanthol, que, em entrevista à imprensa, agradeceu a Trump por seus esforços de pacificação e afirmou que ele merecia ser indicado ao prêmio — o presidente dos EUA nunca escondeu o sonho de ganhar a honraria.

Quando questionado se o Camboja indicaria o magnata ao Nobel da Paz, Chanthol respondeu que "sim", informou o jornal South China Morning Post.

Na última segunda-feira (28), Camboja e Tailândia assinaram um cessar-fogo após cinco dias de conflitos que deixaram mais de 30 mortos e cerca de 200 mil deslocados na fronteira entre os dois países, nos confrontos mais mortais entre Phnom Penh e Bangkok em mais de uma década.

Dias depois, os EUA anunciaram acordos tarifários com as duas nações, após Trump ter ameaçado abandonar as tratativas comerciais se não houvesse uma trégua.

Camboja e Tailândia estariam sujeitos a uma tarifa de 36%, porém tiveram as alíquotas reduzidas para 19%.

Em junho, o Paquistão também afirmou que recomendaria Trump ao Nobel da Paz por seu trabalho na mediação do impasse com a Índia, intenção também manifestada pelo premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.