Cidades
Estação Navi: formações gratuitas e diversidade marcam encontros do Núcleo do Audiovisual de Arapiraca
Iniciativa reúne participantes de todo o país em debates sobre representatividade, descentralização e fortalecimento do cinema nacional

Com o objetivo de fortalecer o audiovisual brasileiro a partir das margens e promover formações acessíveis, o Núcleo do Audiovisual de Arapiraca (Navi), em Alagoas, está realizando uma série de atividades gratuitas que vêm reunindo participantes de diferentes regiões do país. A proposta é discutir caminhos para um setor mais plural, que valorize a diversidade cultural brasileira e enfrente os desafios impostos por estruturas hegemônicas e centralizadoras.
Durante os encontros, que acontecem em formato de masterclasses e rodas de conversa, são abordados temas como o funcionamento do ecossistema do audiovisual, os mecanismos de fomento, a importância das narrativas locais e o papel das políticas públicas na construção de um setor mais representativo. A iniciativa tem como foco principal a formação de profissionais e estudantes do interior do Brasil, fomentando o protagonismo de quem historicamente ficou à margem da cadeia produtiva do cinema e da TV.
A ação é fruto da articulação entre o Navi, o coletivo Arte Camaleão, o Governo de Alagoas — por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa —, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Governo Federal, através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e a Agência Nacional do Cinema (ANCINE).
O impacto da proposta já se revela pela abrangência dos participantes. Estão presentes pessoas vindas de estados como Alagoas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Amazonas, Sergipe, Pará, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul — um recorte que evidencia o potencial de diálogo e intercâmbio entre diferentes contextos e estéticas do país.
“Estamos construindo um espaço de troca real, onde quem vem de fora também aprende com a experiência dos territórios e das comunidades locais. Esse encontro de saberes é fundamental para pensar um audiovisual mais democrático e potente”, afirma Wagno Godez, um dos organizadores.
Além das formações, o projeto também busca estimular a criação de redes colaborativas e o fortalecimento de iniciativas descentralizadas, contribuindo para a interiorização da produção audiovisual e a quebra de barreiras geográficas que ainda limitam o acesso ao setor.
A programação segue com novos encontros nos próximos meses, reafirmando o compromisso com uma política cultural que inclua, dialogue e se transforme a partir da escuta e da diversidade.
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