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Ex-jogador que espancou namorada com 60 socos seguirá preso em cela comum no RN

Vanessa Lima 01/08/2025
Ex-jogador que espancou namorada com 60 socos seguirá preso em cela comum no RN
Foto: Reprodução / Instagram

A Justiça do Rio Grande do Norte negou o pedido da defesa do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral para que ele fosse mantido em uma cela isolada. Preso em flagrante por agredir brutalmente a namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal, Igor está recolhido na Central de Recebimento e Triagem (CRT) de Parnamirim, onde divide cela com outros seis detentos.

A defesa solicitou a cela individual sob o argumento de preservar a integridade física do acusado, mas a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária esclareceu que esse tipo de espaço é reservado exclusivamente para sanções disciplinares a presos que cometem infrações dentro do sistema prisional.

Igor, de 29 anos, teve a prisão preventiva decretada após audiência de custódia. A agressão aconteceu no último sábado (26) e foi presenciada por um porteiro, que acompanhou as imagens das câmeras de segurança do elevador e acionou a polícia imediatamente.

A vítima, Juliana Garcia, ficou desfigurada com os golpes e precisará passar por cirurgia para reconstrução dos ossos do rosto. Devido à gravidade dos ferimentos, prestou depoimento por escrito à Polícia Civil.

Natural de Natal, Igor tem histórico como atleta federado de basquete e chegou a participar de torneios nacionais e amadores, além de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, na China. No entanto, a Confederação Brasileira de Basquete afirma que ele nunca foi convocado oficialmente para a seleção.

Atualmente cursando ciências contábeis, Igor possui registros anteriores de violência e brigas, incluindo agressões contra amigos em uma residência em Caicó (RN). Em depoimento, alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” durante a agressão à namorada e mencionou ter um filho com autismo — fato que sua defesa pode utilizar para solicitar a conversão da prisão preventiva em domiciliar.

O ex-atleta responderá por tentativa de feminicídio, crime cuja pena pode variar de 20 a 40 anos de prisão.