Economia
Moedas Globais: dólar opera sem direção única com acordos e véspera de decisão do Fed

O dólar operou com desempenho divergente frente a moedas fortes e divisas emergentes nesta terça-feira, 29, ainda sustentado pelos desdobramentos do acordo comercial entre EUA e União Europeia, enquanto os investidores acompanham as negociações tarifárias em curso, sobretudo com a China. Além disso, o mercado segue atento à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) desta quarta, 30.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,25%, a 98,886 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), o euro se depreciava a US$ 1,1556 e a libra operava de lado, cotada a US$ 1,3357. A moeda americana também tinha leve queda a 148,46 ienes.
Para Nikos Tzabouras, da Tradu.com, a recuperação recente do dólar americano pode não se sustentar, em meio a preocupações fiscais e à contínua diversificação de carteiras por parte dos investidores, que seguem se afastando de ativos dos EUA. "A trajetória de valorização do dólar pode ser curta", afirma Tzabouras. "Preocupações fiscais, tensões comerciais persistentes e a tendência mais ampla de desdolarização podem continuar sendo obstáculos."
Apesar do debate em torno da desdolarização, a Capital Economics destaca que não há sinais concretos de que os governos emergentes estejam abandonando o dólar em suas emissões externas. Segundo a consultoria, cerca de 70% da dívida soberana emitida em moeda estrangeira por emergentes no último ano foi em dólar, proporção semelhante a de anos anteriores, enquanto menos de 1% foi emitida em yuan.
O ING aponta que o euro segue pressionado após o acordo comercial entre EUA e UE, que reduziu incertezas, mas teve efeito líquido negativo para a Europa. A inclusão dos setores farmacêutico e de semicondutores nas tarifas de 15% foi vista pelo banco como um alívio, mas o foco deve se voltar à demanda interna. Com o euro ainda fraco frente ao dólar, o banco alerta para riscos técnicos se a moeda não romper a faixa de US$ 1,1600-1,1625.
O banco holandês ainda vê espaço para uma "correção técnica" favorável ao dólar nesta semana, com riscos geopolíticos no mercado de energia.
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