O cessar-fogo entre o Irã e Israel após a guerra de 12 dias é frágil, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em uma entrevista à emissora chinesa CGTN.

"A trégua é, claro, frágil. A razão para isso é óbvia. Eu não acho que haja um único cessar-fogo acordado por Israel, Israel tem um registro muito ruim a este respeito", disse o chanceler da República Islâmica.

O ministro acrescentou que Teerã não quer a guerra, mas é muito cuidadosa e está totalmente preparada para que o regime de cessar-fogo possa ser quebrado.

Araghchi também observou que o Irã poderia retomar as negociações sobre o acordo nuclear com os EUA se Washington deixar de lado os métodos militares e dispor de um desejo real de negociar, resolvendo a questão diplomaticamente.

Anteriormente, o embaixador do Irã na Rússia, Kazem Jalali, disse à Sputnik que Teerã espera que Israel não pense mais em atacar o Irã. Ele enfatizou que, no caso de um ataque, a República Islâmica daria uma resposta.

Na noite de 13 de junho, Israel lançou uma operação contra o Irã, acusando-o de implementar um programa nuclear militar secreto. O Irã rejeitou as acusações, respondendo com seus próprios ataques. Durante 12 dias, as partes trocaram ataques. Em 22 de junho, os Estados Unidos se juntaram à campanha de bombardeios israelense e atacaram instalações nucleares iranianas. Teerã retaliou atacando a base aérea americana de Al-Udeid, no Catar, afirmando que o lado iraniano não tinha intenção de criar uma nova escalada.