Internacional
EUA vetam resolução no Conselho de Segurança da ONU que exigia cessar-fogo em Gaza

Os Estados Unidos vetaram nesta quarta-feira (4) um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigia um cessar-fogo permanente em Gaza e solicitava a eliminação das restrições israelenses ao envio de ajuda ao enclave. Dentre os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, eles foram os únicos a rejeitar a proposta.
"O projeto de resolução não foi adotado devido ao voto negativo de um membro permanente do Conselho", declarou a embaixadora da Guiana na ONU e presidente pro tempore do conselho, Carolyn Rodrigues-Birkett, após a votação.
Elaborada pelos dez membros não permanentes, somente os Estados Unidos votaram contra o texto. Os demais quatro membros permanentes foram a favor.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, afirmou que Washington se opôs ao texto por ele não condenar o Hamas e nem exigir sua saída de Gaza. A resolução tampouco condenava o ataque surpresa de 7 de outubro de 2023, realizado pelo movimento palestino Hamas, que deixou mais de mil mortos em Israel e desencadeou a guerra.
"Não podemos permitir que este Conselho de Segurança recompense o Hamas", disse Shea.
Por sua vez, o representante da Federação da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que, mais uma vez, o Conselho de Segurança não conseguiu adotar uma medida que poderia ter evitado que Gaza e a região continuassem mergulhando no caos.
"Hoje temos mais uma oportunidade de ver quem realmente quer a paz no Oriente Médio e quem quer continuar com jogos políticos", afirmou.
O ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023 causou a morte de 1.218 pessoas, em sua maioria civis, e o sequestro de 251. Destas, 58 continuam em Gaza e, segundo estimativas das Forças de Defesa de Israel (FDI), apenas 20 estariam vivas.
O Ministério da Saúde informou que o número total de mortos em Gaza desde o início do conflito ultrapassa 54.607, com pelo menos 125.341 feridos.
Há um mês, Israel declarou ter iniciado uma nova ofensiva chamada Carruagens de Gideão, embora os ataques em Gaza tenham começado três dias antes em diferentes locais, causando uma média de 100 mortes por dia.
De 19 de janeiro a 1º de março, vigorou um cessar-fogo na Faixa de Gaza, como parte de um acordo entre as partes para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
Mais cedo, as autoridades palestinas informaram que ao menos 95 pessoas morreram e 440 ficaram feridas em Gaza no último dia, em decorrência de ataques israelenses.
Durante seis semanas, os grupos palestinos libertaram 30 reféns vivos e entregaram os corpos de oito falecidos. Por sua vez, Israel libertou cerca de 1.700 prisioneiros palestinos e retirou tropas de dentro da Faixa de Gaza.
Nos últimos três dias, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, permitiu a entrada de cerca de 100 caminhões por dia com ajuda humanitária, devido à pressão internacional.
Por Sputinik Brasil
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