Cidades

Madson Monteiro dá novo chilique de autoritarismo ao cortar fala de psicólogo em sessão da Câmara de Palmeira

Redação Tribuna do Sertão 29/05/2025
Madson Monteiro dá novo chilique de autoritarismo ao cortar fala de psicólogo em sessão da Câmara de Palmeira

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, realizada nesta quarta-feira (28), terminou marcada por um episódio de tensão e acusação de autoritarismo. O presidente da Casa, vereador Madson Monteiro, foi duramente criticado após interromper de forma abrupta a fala do psicólogo Jorge Vieira, que usava a tribuna como orador convidado.

O episódio se deu logo após Jorge iniciar sua fala diante dos parlamentares e do público presente, quando criticou a postura intimidadora do presidente, que teria ameaçado chamar a polícia caso houvesse manifestações da plateia. "Fico triste, porque se os vereadores representam o povo, manifestações de entusiasmo não fazem mal a ninguém", disse o psicólogo, antes de ser cortado por Madson Monteiro sob a justificativa de "cumprir o regimento interno da Casa".

Comparação com Alexandre de Moraes

Interrompido, Jorge rebateu de forma direta:

“Tem hora que eu vejo o senhor parecendo com Alexandre de Moraes”, disse, fazendo referência ao ministro do STF conhecido por decisões enérgicas e polêmicas.
A comparação irritou Madson, que reagiu de imediato e ordenou o corte definitivo da fala do psicólogo:

“Corte a palavra do rapaz aqui. Eu sou o Alexandre de Moraes mesmo.”

O episódio, que foi registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais e grupos de WhatsApp, ganhou repercussão imediata na cidade, alimentando críticas à condução das sessões legislativas por parte do presidente da Câmara.

Reincidência de censura?

Essa não é a primeira vez que Madson Monteiro é acusado de cercear manifestações na tribuna. Em episódio anterior, ele tentou impedir a fala do ex-secretário de Cultura, Cássio Júnior, durante uma sessão em que o ex-gestor pretendia se posicionar sobre a gestão cultural do município.

Setores da sociedade civil, especialmente ligados à saúde mental e à cultura, classificaram o comportamento como autoritário e desrespeitoso ao princípio democrático do contraditório. Entidades e profissionais já se manifestam pedindo providências institucionais diante do que chamam de "censura institucionalizada".
Hoje, pelas redes sociais o presidente da Câmara, Madson Monteiro, se pronunciou dizendo que “cumpre o regimento”.