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Astrônomos flagram estrela orbitando dentro de outra estrela em fenômeno inédito (IMAGENS)

Astrônomos chineses descobriram um pulsar raro em um sistema binário a 455 anos-luz da Terra, cujos pulsos são bloqueados periodicamente por sua estrela companheira — uma descoberta que ajuda a entender a evolução estelar e os processos extremos do Universo.
Estrelas em sistemas binários podem ter características muito diferentes e interagir de formas que afetam profundamente sua evolução. Em alguns casos, uma estrela pode atrair material da outra, provocando eventos explosivos como novas ou supernovas. Esses sistemas são fundamentais para entender o ciclo de vida estelar e o comportamento da matéria em condições extremas.
Uma equipe de astrônomos chineses, liderada por Han Jinlin, descobriu um pulsar raro em um sistema binário, cujos pulsos de radiação são periodicamente bloqueados por sua estrela companheira. A descoberta, publicada na revista Science, oferece uma nova perspectiva sobre a dinâmica desses sistemas.

Pulsares são remanescentes densos de estrelas massivas que explodiram como supernovas. Eles emitem feixes de radiação de seus polos magnéticos, que, ao girarem, varrem o espaço como faróis. Quando esses feixes cruzam a Terra, são detectados como pulsos regulares de ondas de rádio, raios X ou gama.
A descoberta foi feita com o Radiotelescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros (FAST, na sigla em inglês), o maior radiotelescópio de antena única do mundo, localizado na China. Com uma antena parabólica de 500 metros, o FAST é capaz de captar sinais extremamente fracos do espaço profundo e tem como foco o estudo de pulsares, rajadas rápidas de rádio e a busca por vida extraterrestre.
O sistema recém-descoberto PSR J1928+1815 está a 455 anos-luz da Terra e permite observar como uma estrela de nêutrons se forma em um sistema binário. Nesse processo, a estrela mais massiva colapsa primeiro, enquanto a menor transfere material para a companheira, formando um envoltório comum de gás.
Durante um curto período, ambas as estrelas orbitam dentro desse envoltório. Com o tempo, a estrela de nêutrons o dissipa, restando uma estrela quente de hélio orbitando a estrela de nêutrons. Esse estágio transitório é raro de ser observado e confirma teorias sobre a troca de massa e a evolução orbital em sistemas binários.

A descoberta ajuda a entender como esses pares estelares evoluem e, eventualmente, fundem-se, gerando ondas gravitacionais. Com telescópios como o FAST, os astrônomos esperam encontrar mais sistemas como esse e aprofundar o conhecimento sobre os processos extremos do Universo.
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