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Cientistas revelam que Júpiter já teve o dobro do seu tamanho gigantesco atual (IMAGENS)

Conhecido como o gigante gasoso de nosso Sistema Solar, Júpiter possui uma massa planetária de 318 vezes a da Terra, mas, segundo astrônomos em recente pesquisa, ele já foi muito maior do que é hoje.
De acordo com os astrônomos Konstantin Batygin e Fred Adams, em estudo publicado na Nature Astronomy, Júpiter pode ter tido até 2,5 vezes seu volume atual nos primeiros milhões de anos após a formação dos primeiros sólidos do Sistema Solar, uma descoberta feita com base na análise das órbitas de duas de suas luas, Amalteia e Tebe, e sugere que o planeta também possuía um campo magnético muito mais intenso nesse período inicial.

A pesquisa reforça a teoria da formação planetária de "baixo para cima", na qual planetas se formam a partir do acúmulo gradual de poeira e rochas. Esse processo, conhecido como acreção de núcleo, é bem aceito para planetas rochosos como a Terra, e também se aplica aos gigantes gasosos, que, ao atingirem uma massa crítica, passam a atrair grandes quantidades de gás ao seu redor.
A abordagem adotada por Batygin e Adams, baseada na análise orbital de pequenas luas, oferece uma nova ferramenta para entender a história de Júpiter. Ao invés de depender apenas de modelos teóricos com muitas suposições, eles usaram dados observacionais para reconstruir o passado do planeta com mais precisão.

Segundo os pesquisadores, Júpiter teria passado por um crescimento extremamente rápido, acumulando material a uma taxa de até 2,4 massas de Júpiter por milhão de anos. Esse crescimento acelerado foi alimentado por um disco de gás e poeira ao seu redor, e o campo magnético intenso do planeta teria facilitado esse processo. Esse estágio inicial foi crucial para moldar o planeta como o conhecemos hoje.
Com o tempo, o material ao redor de Júpiter se dissipou, e o planeta começou a encolher sob sua própria gravidade. Esse processo de contração continua até hoje, embora em ritmo lento, com o planeta perdendo energia à medida que esfria internamente. Isso também aumentou sua velocidade de rotação e contribuiu para sua estrutura atual.
Apesar de seu tamanho impressionante, Júpiter nunca teve massa suficiente para se tornar uma estrela. Para isso, ele precisaria ter pelo menos 85 vezes sua massa atual, o que permitiria iniciar a fusão de hidrogênio em seu núcleo — algo que define as estrelas. Ainda assim, sua presença teve um papel fundamental na organização do Sistema Solar.
Segundo Batygin, entender essas fases iniciais é essencial para desvendar a origem da Terra e das condições que permitiram o surgimento da vida, e com isso, estabelecer um novo ponto de partida para futuras investigações sobre a evolução planetária.
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