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Exoplanetas a 40 anos-luz da Terra podem ter água abundante, diz estudo

Localizados a cerca de 40 anos-luz da Terra, uma nova pesquisa mostrou que sete planetas do sistema TRAPPIST-1 podem conter água abundante, reacendendo as esperanças de encontrar vida baseada em carbono fora de nosso planeta.
Desde a descoberta, em fevereiro de 2017, de sete exoplanetas orbitando a estrela anã vermelha TRAPPIST-1, cientistas têm monitorado o sistema em busca de bioassinaturas — sinais que possam indicar a presença de vida. A possibilidade de que esses planetas contenham água, um elemento essencial para a vida como conhecemos, tem sido um dos principais focos de estudo.
A habitabilidade dos planetas do sistema TRAPPIST-1 tem sido debatida, especialmente por causa das características de sua estrela-mãe, uma anã vermelha do tipo M. Essas estrelas são menores e mais frias que o Sol, mas emitem radiação intensa e são propensas a erupções, o que pode afetar negativamente a retenção de atmosferas e água nos planetas ao seu redor.

Pesquisas anteriores sugeriram que planetas orbitando anãs vermelhas podem ter grandes quantidades de água, mas também enfrentam dificuldades para mantê-la, devido à radiação ultravioleta intensa que pode causar a perda de água para o espaço. Isso levanta dúvidas sobre a real capacidade desses mundos de sustentar a vida.
No entanto, um novo estudo liderado pelo astrobiólogo Trent Thomas, da Universidade de Washington, utilizou dados recentes do telescópio espacial James Webb (JWST) para investigar a atmosfera de TRAPPIST-1 c. As observações descartaram a presença de uma atmosfera densa de dióxido de carbono, sugerindo que o planeta não é tão semelhante a Vênus quanto se pensava, mas ainda não excluem a presença de vapor d'água ou oxigênio.
Para entender melhor a possibilidade de existência de água, os pesquisadores criaram um modelo teórico de liberação de gases com base nos planetas rochosos do Sistema Solar. Eles aplicaram esse modelo aos planetas da TRAPPIST-1, considerando dados observacionais e conhecimentos sobre a geoquímica do sistema, para estimar a atividade vulcânica e a liberação de água.
Os resultados mostraram que as taxas de liberação de gases nos planetas variam de 0,03 a oito vezes as da Terra, mas as taxas de deposição de magma são semelhantes às de Marte, que é considerado vulcanicamente inativo. Isso sugere que os planetas da TRAPPIST-1 também podem ser vulcanicamente inativos atualmente, o que limitaria a liberação contínua de água para suas atmosferas.
Apesar disso, os modelos indicam que os mantos desses planetas podem conter até 1% de água em massa, embora valores mais baixos sejam mais prováveis. Isso é comparável ao conteúdo de água do manto terrestre, que, embora pequeno, sustenta vastos oceanos na superfície. Assim, mesmo com mantos relativamente secos, os planetas ainda podem conter quantidades significativas de água.
Essas descobertas reforçam a ideia de que o sistema TRAPPIST-1 não sofre de escassez de água, mas a habitabilidade de seus planetas ainda é incerta. Como as observações do JWST estão apenas começando, futuras análises poderão esclarecer melhor a presença de água e a possibilidade de vida nesses mundos distantes.
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