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Alckmin defende desoneração e elogia melhora na renda de beneficiários do Bolsa Família (VÍDEOS)

Sputinik Brasil 12/05/2025
Alckmin defende desoneração e elogia melhora na renda de beneficiários do Bolsa Família (VÍDEOS)
Foto: © Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme Correia

Durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (12) com representantes do setor supermercadista, o vice-presidente e presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu as medidas econômicas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou a melhora na renda de milhões de brasileiros e criticou propostas tributárias da gestão anterior.

Também participaram do encontro a vice-primeira-dama Lu Alckmin, o ministro do Empreendedorismo Márcio França (PSD-SP) e o prefeito da cidade Ricardo Nunes (MDB-SP).

Segundo Alckmin, mudanças recentes no sistema tributário vão permitir que os trabalhadores tenham mais dinheiro no bolso.

"Quem pagava R$ 600 vai pagar R$ 320, vai sobrar R$ 280, para ele consumir e ter uma poupança. O objetivo é melhorar a renda dos trabalhadores."

O vice-presidente destacou ainda que cerca de cinco milhões de pessoas saíram do Bolsa Família por terem ultrapassado o limite de renda do programa. Outros três milhões hoje recebem metade do benefício, segundo ele, também por terem tido melhora na renda. "E quatro milhões estão acumulando. Podem trabalhar e recebem o Bolsa Família, então a faixa de renda é menor."

Aos representantes da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Associação Paulista de Supermercados (Apras), Alckmin afirmou que pretende discutir como melhorar questões trabalhistas.

Em sua fala, o vice também defendeu a reforma tributária aprovada no Congresso, que cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para substituir tributos como ISS, ICMS, PIS e IPI. "O mundo já fez isso há 30 anos atrás. Nós estamos 30 anos atrasados", afirmou.

Alckmin criticou propostas do governo anterior que, segundo ele, beneficiavam o mercado financeiro em vez da população:

"O que o governo anterior queria fazer é criar mais um imposto do chefe. Criar mais um título, é mercado. Quem comprar o título não paga imposto de renda, pessoa física. E pessoa jurídica reduz 15% do imposto de renda. Esse benefício é para o tom adulto do dinheiro."

O vice-presidente também apontou efeitos positivos no cenário macroeconômico: a valorização do real, a previsão de safra recorde e a redução dos preços dos alimentos. "Este ano o clima até agora está ótimo. Nós devemos ter uma safra recorde e o dólar despegou de R$ 6,20 para R$ 5,70. Deve derrubar o preço de alimento e inflação."

Segundo ele, a redução de impostos, como no caso do azeite de oliva, já está sendo sentida pela população. "O azeite de oliva que é o maior parque importado, caiu 10 reais."

Alckmin garantiu que a política de desoneração não causará rombo nas contas públicas. "Não vai ter nenhum desequilíbrio, não vai ter nenhum déficit, é zero. Compensou com os salários bem mais altos."

Por fim, o presidente em exercício defendeu a função redistributiva do sistema tributário: "Aliás, para isso existe imposto de renda. Imposto de renda existe para você ter justiça tributária. Isso vai melhorar a renda da população que vai consumir mais."