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Mesmo após Guerra Fria, Ocidente continua a minimizar o papel soviético na derrota do nazifascismo

Por Sputinik Brasil 30/04/2025
Mesmo após Guerra Fria, Ocidente continua a minimizar o papel soviético na derrota do nazifascismo
Foto: Reprodução

Em entrevista à Sputnik Brasil, o historiador João Cláudio Pitillo destaca o "culto à mentira" praticado pelo Ocidente coletivo ao minimizar a contribuição soviética na Segunda Guerra Mundial.

"Todos que lutaram contra o fascismo e deram a sua contribuição precisam ser lembrados por isso. Mas tiveram uns que deram uma contribuição a mais", diz o historiador. No entanto, durante a Guerra Fria foi feita uma campanha com livros e filmes para diminuir a importância soviética na guerra.

"Com o fim da Guerra Fria, em algum momento acreditou-se que esse culto à mentira, esse revisionismo, essa tentativa de apagar o passado glorioso soviético fosse acabar. Mas não."

Em sua fala à Sputnik Brasil, o especialista destaca alguns dos grandes feitos da URSS que levaram o Exército Vermelho a destruir 75% das forças do Eixo, como o resgate aos ocidentais na Batalha de Bulge, a Operação Tempestade de Agosto, na qual derrotaram 1,2 milhão de soldados do Exército japonês na Manchúria, e a vitória na Batalha de Kursk — a maior batalha de blindados da história.

"Depois dela, os alemães não conseguiram nem fingir que tinham uma iniciativa a leste."

Outro grande detalhe é que a União Soviética não contou com a ajuda do Plano Marshall para se reconstruir. Pelo contrário, o fez sozinha.

Toda ajuda ocidental dada à máquina industrial soviética, pela política de Lend-Lease, correspondeu a apenas 7% do que foi produzido na URSS. "Ou seja, 93% de toda a produção da vitória foi feita pelo povo soviético."