O Brasil não está mais apenas debatendo a regulamentação dos cassinos - está se preparando para construí-los.

Com a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei PL 2.234/2022 prevista para 2025, o foco mudou das discussões políticas para a entrega prática. E agora a corrida começou: quem será o primeiro a abrir caminho e dar vida à nova era dos cassinos no Brasil?

Entre os pioneiros está João Pessoa, capital do estado da Paraíba, que tem surgido discretamente como uma séria candidata.

Com vantagens logísticas, interesse de investidores em estágio inicial e uma forte defesa local, ela poderá em breve se tornar a primeira cidade brasileira a sediar um cassino legal em terra, de acordo com a nova estrutura nacional.

Mas não se trata apenas de geografia. Trata-se de saber quem tem a visão, o capital e a disposição para liderar a expansão mais significativa da economia de lazer do Brasil em muitas gerações. Sites como o Gambling.com
e outros especialistas em iGaming têm observado atentamente os procedimentos no Brasil, e chegamos ao seu inverno em uma das encruzilhadas mais empolgantes que já vimos em algum tempo.

João Pessoa: Capital silencioso, oportunidade ousada

Enquanto o Rio de Janeiro e São Paulo costumam dominar as manchetes nacionais, João Pessoa tem se posicionado firmemente como um local viável para o lançamento de cassinos.

Situada na costa nordeste do Brasil, é conhecida como a cidade mais oriental das Américas, o que lhe confere benefícios logísticos para o turismo e as viagens internacionais. De acordo com Roosevelt Matias de Santana, uma das principais vozes na luta pela legalização, João Pessoa já tem a atenção de investidores importantes que estão em discussões ativas com a liderança regional.

O mais importante é que qualquer cassino aprovado deve atender às novas exigências regulatórias. Somente complexos de lazer - como resorts ou navios de cruzeiro de alto padrão - serão elegíveis.

Os projetos devem garantir um mínimo de R$ 100 milhões em capital social, oferecer infraestrutura de luxo e comprometer-se com um modelo de licença renovável por 30 anos. Não se trata de um lançamento de retalhos.

Trata-se de uma estratégia de entrada calculada e de alto nível, projetada para a longevidade.


Operadoras internacionais versus visionários locais

Com essas condições em vigor, não é surpresa que nomes globais como Hard Rock International estejam se preparando para entrar no mercado.

E com as operadoras on-line, como a Bet365 e a BetMGM, já se expandindo para o espaço de apostas digitais do Brasil, a presença em terra firme é uma evolução natural.

Mas não se trata de uma disputa unilateral. A rede estabelecida de operadoras locais licenciadas no Brasil traz uma grande força competitiva.

Essas empresas entendem as nuances culturais da base de jogadores brasileiros, estão em sintonia com as preferências de pagamento locais e já dominam o fornecimento de experiências com interfaces de poucos dados e engajamento mobile-first.

A tendência emergente é clara: o Brasil está construindo um mercado onde a escala internacional e a especificidade local podem coexistir - um equilíbrio raro e valioso que pode definir o tom para os mercados de jogos em toda a região.

Por que os pagamentos rápidos e seguros definirão os primeiros a se movimentar

Por trás de tudo isso, um fator sustenta o sucesso: a infraestrutura de pagamento. O uso no Brasil de sistemas em tempo real, como o PIX, e a integração obrigatória de ferramentas de verificação de identidade e KYC tornam a tecnologia de pagamento seguro um pilar central da nova economia de jogos.

Seja on-line ou no local, o cassino que mais paga - o cassino que paga de forma mais confiável - ganhará mais confiança.

As operadoras que conseguirem executar transações tranquilas e transparentes desde o primeiro dia estarão em melhor posição para transformar usuários de primeira viagem em clientes fiéis. E em um país onde a confiança digital ainda está sendo conquistada em jogos regulamentados, os pagamentos não são apenas parte do processo - eles são o processo.


Por que o Brasil é mais do que um mercado - é um modelo

Essa história vai além de João Pessoa, além de quem abre o primeiro cassino e até mesmo além do próprio Brasil.

O que estamos testemunhando é o surgimento de um novo ponto de referência regional - um país que não está apenas se juntando à conversa global sobre iGaming, mas ajudando a reescrever suas regras para a América Latina.

O que diferencia o Brasil não é apenas o tamanho da população ou a obsessão por esportes. É a maneira como o país está construindo um sistema totalmente integrado que conecta jogos digitais e físicos, reforça a conformidade em tempo real e aumenta a proteção do jogador e a responsabilidade do operador.

A legislação aqui não vive no papel - ela está incorporada em trilhos de pagamento, sistemas de identificação e modelos de licenciamento que têm peso.

O Brasil também alcançou um equilíbrio único entre ambição global e identidade local. Embora as operadoras de primeira linha tragam investimento, inovação e profundidade de produto, as partes interessadas nacionais são vitais para garantir a localização, o acesso do usuário e a conformidade regional. Trata-se de uma parceria, não de uma aquisição, e que reflete um projeto inteligente e sustentável.

Acrescente a isso a cultura de futebol profundamente arraigada do Brasil - onde os torcedores já se sentem confortáveis com as integrações de apostas, patrocínios e interação baseada em aplicativos - e você terá a tempestade perfeita para um engajamento de iGaming escalável e de longo prazo. Esse não é apenas um mercado que está se preparando para abrir cassinos. Este é um país que está construindo o modelo para o jogo regulamentado na América Latina.

Países como Colômbia, Chile e Peru podem ter tido uma vantagem inicial no licenciamento, mas o Brasil está oferecendo o pacote completo: estrutura, escala, regulamentação e alcance. É o pai fundador do que pode ser o iGaming na América Latina quando construído com visão de futuro.

O primeiro cassino definirá o padrão

Quem for o primeiro a abrir as portas - seja em João Pessoa ou em outra cidade - será mais do que um pioneiro. Ele será a prova do conceito. Seu sucesso mostrará ao mercado, à mídia e ao mundo que o Brasil não está apenas aberto para negócios, mas pronto para liderar.

Esse primeiro site precisará fazer tudo certo: o licenciamento, a conformidade, os pagamentos, a experiência. Se o fizerem, darão início não apenas a um novo cassino, mas a uma era totalmente nova para o entretenimento, a infraestrutura e o turismo internacional no Brasil.

E todos os olhos estarão atentos.