Internacional
Empresas estrangeiras que operam na China sofrerão golpe duplo com guerra tarifária, diz jornal

Uma guerra comercial entre Pequim e Washington poderia afetar significativamente os negócios internacionais, escreve o jornal Financial Times, citando economistas.
O jornal faz referência às estatísticas da Administração Geral de Alfândegas da China, bem como a seus próprios cálculos.
Segundo eles, as empresas estrangeiras e os empreendimentos conjuntos representam quase um terço do volume total de comércio da China.
"Grandes empresas dos EUA, como a Apple e a Tesla, e muitos produtores menores dependem da China para produzirem os seus artigos. Essas empresas geralmente importam matérias-primas ou componentes dos EUA para a montagem de produtos que depois são exportados", ressalta o artigo.
Elas também são responsáveis por mais de um terço das importações no valor de cerca de US$ 820 bilhões (R$ 5 trilhões). No total, em termos de dólares, essas empresas foram responsáveis por 29,6% do comércio no ano passado.
De acordo com os economistas, a guerra comercial coloca as empresas estrangeiras em risco de pagar tarifas mais altas tanto para os EUA quanto para a China sobre os mesmos produtos.
Os Estados Unidos estabeleceram tarifas sobre as importações chinesas de 145% e ameaçaram aumentá-las em mais 100%. A China respondeu com tarifas de 125%.

"As empresas estrangeiras estão realmente sendo pressionadas no mercado chinês. Se elas importam [produtos], pagam as tarifas chinesas. Quando exportam de volta para os EUA, pagam as tarifas americanas. Eles são atingidos duas vezes", afirma Heiwai Tang, diretor do Instituto Global Asiático da Universidade de Hong Kong.
A China tem empresas estrangeiras que não estão sediadas nos EUA, mas dependem de recursos dos EUA, "portanto, elas também estão sendo afetadas", conta Michael Hart, presidente da Câmara Americana de Comércio.
Ele acrescenta que o Ministério do Comércio da China está considerando isentar as empresas de alguns setores das tarifas.
Assim, finaliza a publicação, o país já tem isenções em vigor para empresas em determinados setores.
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