Internacional
Coreia do Sul descobre táticas de empresas para burlar tarifas norte-americanas, diz mídia

O governo sul-coreano acusou empresas de diversos países, principalmente da China, de falsificar informações sobre o país de origem de seus produtos de exportação para se passarem por coreanos e escapar das tarifas impostas pelo governo Trump, informou a mídia britânica.
De acordo com a Reuters, que cita dados da agência alfandegária sul-coreana, violações de país de origem no valor de cerca de US$ 20,8 milhões (mais de R$ 119,04 milhões) foram encontradas desde o primeiro trimestre deste ano.
Remessas com destino aos Estados Unidos representam 97% do total dessas transações, de acordo com uma investigação especial realizada em março, informou a Reuters.
A suspensão de tarifas de três meses em praticamente todo o mundo, anunciada por Washington há algumas semanas, beneficiou os exportadores sul-coreanos, mas não a China, que enfrenta tarifas de até 145% como parte da guerra comercial declarada por Trump contra o gigante asiático.
"Houve um aumento nas tentativas de exportação secreta durante a primeira presidência de Trump, e prevemos uma tendência semelhante", disse Lee Kwang-woo, diretor de planejamento de investigação da agência alfandegária de Seul.
Prevendo essa eventualidade, as autoridades realizaram a investigação mais recente preventivamente para impedir exportações ilegais. Elas já encontraram evidências dessas tentativas de contornar as tarifas de Trump desde os primeiros meses de 2025, disse Lee durante uma coletiva de imprensa.
Segundo a apuração, autoridades sul-coreanas destacaram que pode haver um aumento nas tentativas de empresas estrangeiras, como as da China, de usar a Coreia do Sul, uma grande aliada dos EUA com um acordo de livre comércio, como forma de evitar tarifas e regulamentações.
Produtos que foram tentados a serem exportados como se fossem de fabricação coreana incluem materiais catódicos usados em baterias no valor aproximado de US$ 2,3 milhões (cerca de R$ 13,1 milhões).
Em março, câmeras de vigilância avaliadas em US$ 12,7 milhões (mais de R$ 72,6 milhões) foram importadas da China em partes e remontadas na Coreia do Sul para contornar as restrições de Washington a dispositivos de comunicação chineses, informou a agência.
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