Economia
Galípolo, sobre Master: BC não julga conveniência da venda ou da compra em aquisições

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira, 22, que não cabe à autoridade monetária julgar, em qualquer processo de fusão e aquisição, a conveniência da venda e da compra. Ele participa de uma audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e foi questionado pela senadora Leila Barros (PDT-DF) a respeito da aquisição do banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).
"A decisão e a conveniência de comprar ou vender qualquer tipo de ativo, parcialmente, integralmente, é uma decisão de quem está comprando e quem está vendendo. A obrigação do mandato do Banco Central é julgar a viabilidade econômica da aquisição, ou seja, quem está adquirindo um ativo, tem viabilidade econômica para comprar", disse. Questionado se essa análise incluiria os riscos da operação, Galípolo disse que sim.
O presidente da autoridade monetária lembrou que há órgãos de controle dos próprios bancos - privados e estatais - que podem avaliar a conveniência da operação. "O mandato do Banco Central é julgar e avaliar a viabilidade da aquisição, ou seja, se a fatia que está sendo comprada, seja integral ou parcial, ela pode ser absorvida e como é que isso impacta o plano de negócio de quem está adquirindo e se o que vai sobrar, se você não vender integralmente, também tem viabilidade econômica. A função do Banco Central, o mandato do Banco Central é este e, do ponto de vista da supervisão, ele vai ter uma série de indicadores que ele vai estar analisando", reiterou.
Galípolo lembrou, ainda, que o Brasil é um dos países mais alinhados às regras de Basileia, que analisam e acompanham as exposições de risco e apetite de risco das instituições.
O Banco de Brasília (BRB) anunciou no dia 28 de março uma oferta de compra de 58% do capital total do Master pelo valor de R$ 2 bilhões. O BC ainda precisa autorizar a transação, bem como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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