Internacional
Economia da UE pode colapsar com política externa míope de sua liderança, diz analista húngaro

A União Europeia (UE) vai quase de certeza perder na guerra tarifária com os EUA e será culpada pelo possível colapso de sua economia, pois já tomou decisões míopes anteriormente, como as sanções contra a Rússia e tarifas alfandegárias contra produtos chineses, disse à Sputnik Georg Szpetle, cientista político húngaro.
O especialista destacou que o presidente norte-americano, Donald Trump, está protegendo os interesses nacionais dos EUA, começou uma guerra tarifária para reduzir o número de carros alemães e japoneses nos EUA.
Segundo Szpetle, Trump quer que os americanos usem carros produzidos no país, não importados, mas há outros fatores no contexto das tarifas contra os países da UE.
"No entanto, a própria UE tomou decisões míopes e ruins, como as sanções contra a Rússia, não se focando na economia e em ter Estados-membros fortes, mas na ideologia liberal de esquerda [...]. Já estamos muito atrás dos EUA e da Ásia em termos econômicos", ressaltou o analista.
Segundo ele, as novas tarifas também são uma "vingança peculiar" de Trump contra os países europeus, porque durante sua campanha presidencial nos EUA, eles estavam demonstrando hostilidade contra ele.
O especialista também lembrou que, sob a influência do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, a UE impôs tarifas altas às importações de carros da China, o que levou os chineses a tomar medidas recíprocas.
"Como resultado, a UE está na prática sozinha: ela não pode comercializar com a China ou com os EUA e não quer comercializar com a Rússia. Isso deixa apenas um pequeno mercado interno", enfatizou ele.
Além disso, ele sublinhou que, caso o processo de adesão da Ucrânia ao bloco seja iniciado, o mundo pode se preparar para o funeral da UE. A economia europeia, continuou o analista, será eliminada pela própria UE.
O especialista acrescentou que, graças às boas relações entre o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e Donald Trump, a Hungria tem chance de evitar tarifas altas.
"É um crédito para a política pragmática húngara o fato de o país não ter inimigos, apenas aliados e parceiros", finalizou.
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