Cidades
Presidente da Câmara tentou invadir Prefeitura e assumir cargo de prefeito em Rio Largo em ação comparada a golpe político; veja vídeo

A terceira maior cidade de Alagoas viveu uma tarde caótica e sem precedentes nesta segunda-feira (31). Após realizar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Rio Largo, o presidente da Casa Legislativa, vereador Rogério Silva, se dirigiu à sede da Prefeitura com a intenção de tomar posse como prefeito, com base em uma suposta carta de renúncia do atual gestor Pedro Carlos da Silva Neto e de seu vice, Pérez.
No entanto, o que se viu foi uma tentativa frustrada de ocupação do gabinete. O próprio prefeito Pedro Carlos, presente no local, impediu a entrada de Rogério Silva, afirmando que continua no cargo, que a carta é falsa e que não há qualquer renúncia de sua parte ou de seu vice-prefeito.
“O presidente da Câmara esteve aqui querendo forçar a porta do nosso gabinete para entrar. Acionamos as autoridades competentes e ele foi retirado da Prefeitura. O prefeito sou eu. Ele é presidente da Câmara, e não prefeito da cidade.”, declarou Pedro Carlos em vídeo gravado no local, rodeado por apoiadores e vereadores da base aliada.
A movimentação na sede do Executivo envolveu viaturas da Polícia Militar e discussões acaloradas com apoiadores de ambos os lados. A tensão se intensificou diante da resistência do presidente da Câmara, que alegava possuir autoridade para assumir o cargo, apesar da negativa do prefeito e da ausência de qualquer ato formal de renúncia legítima.
A tentativa de Rogério Silva em tomar posse foi considerada por muitos como mais um capítulo da tentativa de golpe institucional denunciada pelo prefeito. O caso ganha contornos ainda mais simbólicos por ter ocorrido justamente em 31 de março, data que marca o aniversário do golpe militar de 1964.
“Essa carta de renúncia é falsa. Não deixarei meu mandato, que foi concedido pelo voto popular. Já tomamos providências judiciais e criminais contra essa tentativa de usurpar o poder legitimamente conquistado nas urnas”, afirmou Pedro Carlos em vídeo anterior.
Em áudios gravados no local e em meio a discussões com policiais militares e servidores da Prefeitura, é possível ouvir pedidos de mediação para evitar um confronto maior e a insistência do presidente da Câmara em entrar no prédio.
O caso gera forte repercussão em todo o estado e levanta questionamentos sobre a estabilidade democrática nos municípios. Em meio ao impasse, o Ministério Público e o Poder Judiciário já foram acionados e devem se posicionar nas próximas horas sobre a legalidade dos atos e a manutenção da ordem institucional.
A Tribuna do Sertão continuará acompanhando os desdobramentos desse episódio que abala as estruturas políticas de Rio Largo e expõe um grave conflito entre os poderes Executivo e Legislativo. O espaço segue aberto para manifestação do vereador Rogério Silva e da assessoria da Câmara Municipal.
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