Cidades
Renan Calheiros denuncia golpe político em Rio Largo e sai em defesa do prefeito Carlos

Em meio a um dos episódios mais controversos da política alagoana nos últimos tempos, o senador Renan Calheiros (MDB) usou suas redes sociais, na noite desta segunda-feira (31), para sair em defesa do prefeito de Rio Largo, Pedro Carlos da Silva Neto, conhecido como Carlos (PP), e classificou como “fraude grosseira” e “falsificação golpista” a tentativa de destituição do gestor por meio de uma suposta carta de renúncia apresentada na Câmara Municipal.
A confusão teve início no início da tarde, quando o presidente da Câmara, vereador Rogério Silva (PP), convocou uma sessão extraordinária e anunciou uma carta que, segundo ele, teria sido assinada pelo prefeito Carlos, renunciando ao cargo. Em seguida, Rogério foi empossado como novo prefeito do município. O movimento surpreendeu a população e a classe política, gerando forte repercussão.
Logo após a divulgação da renúncia, o prefeito Carlos reapareceu publicamente e desmentiu a autenticidade do documento. Disse que não renunciou, que permanece no exercício legítimo do mandato conquistado nas urnas com mais de 32 mil votos, e classificou a movimentação do presidente da Câmara como uma tentativa de golpe.
“Estamos diante de um crime político. Uma farsa institucional que não pode ser tolerada. Não houve renúncia. Houve uma tentativa de tomada do poder à força, baseada em falsidade ideológica”, afirmou um aliado próximo ao prefeito.
O senador Renan Calheiros, ao tomar conhecimento dos fatos, foi enfático. Em uma publicação nas redes sociais, cobrou a apuração imediata por parte do Ministério Público Estadual, Polícia Federal e Justiça, para que os responsáveis pela tentativa de golpe sejam identificados e punidos exemplarmente.
“Rio Largo é o terceiro maior município de Alagoas. O que está acontecendo ali é uma ameaça direta ao estado democrático de direito. Não podemos permitir que um mandato conferido pelo povo seja usurpado por meios escusos. Trata-se de uma fraude grosseira, uma falsificação golpista”, escreveu o senador.
A Câmara de Vereadores, até o momento, não apresentou provas contundentes da autenticidade da carta de renúncia. Enquanto isso, o clima político em Rio Largo segue tenso, e a população aguarda desdobramentos.
O prefeito Carlos, por sua vez, permanece à frente da administração e afirma que adotará todas as medidas legais para garantir a soberania do voto popular e restabelecer a ordem institucional no município.
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