Internacional
Cientistas russos trabalham em tratamentos inovadores para tumores cerebrais e doença de Parkinson

Em entrevista ao site Nauchnaya Rossiya (Rússia Científica), o neurocirurgião Igor Pronin revelou novos avanços no combate aos tumores gliais, um dos tipos mais comuns que atingem o cérebro e a medula.
Chefe de um dos departamentos do Centro Nacional de Pesquisa Médica de Neurocirurgia Burdenko do Ministério da Saúde da Rússia e vice-diretor de trabalhos científicos, Igor Pronin, afirmou que o instituto está desenvolvendo um projeto que, se bem-sucedido, abrirá "uma nova abordagem para o tratamento de tumores gliais".
Há uma variedade de métodos disponíveis na oncologia para combater tumores, como a remoção cirúrgica. No entanto, nem todos tumores podem ser completamente erradicados desta maneira. "Eles crescem e reaparecem", lamenta o médico.
Atualmente, os principais métodos de tratamento oncológico visam destruir as células malignas, o que "muitas vezes não leva aos resultados desejados".
"Reunimos cirurgiões, neurologistas, radiologistas, biólogos moleculares, químicos e físicos para desenvolver uma plataforma única e empolgante para uma nova abordagem no tratamento desses tipos de tumores [gliais]", diz Pronin.
Como parte do projeto, os médicos estão tentando aprender como transformar as células malignas mortais em seguras para o corpo, enfatiza o médico. Essa transformação é chamada de terapia de diferenciação no tratamento de neoplasias gliais.
"[Estamos] modificando, usando diferentes drogas desenvolvidas por nossos colegas químicos e biólogos moleculares. Nós os chamamos de aptâmeros: são pequenos trechos de DNA que podem ter efeitos diferentes no crescimento do tumor e na resistência à radiação e à quimioterapia", explica.
Ao mesmo tempo, o refinamento desse método permitirá que ele seja aplicado para tratar não apenas tumores gliais, mas todos os cânceres em geral, ressalta o neurocirurgião.
À revista, Pronin destacou ainda que a detecção precoce e o diagnóstico preciso são essenciais para o sucesso no combate à doença. "Obter o diagnóstico correto é parte fundamental do sucesso", enfatiza o médico.
Tratamentos para Parkinson
Os especialistas da clínica também obtiveram algum sucesso em retardar a progressão da doença de Parkinson por meio da estimulação elétrica de estruturas cerebrais profundas, observa Pronin.
Nessa manipulação, eletrodos minúsculos, do tamanho de milímetros, são inseridos nos núcleos do cérebro para modular ou suprimir a atividade patológica, explica ele.
"Ao fazer isso, os cirurgiões alcançam resultados incríveis: pacientes com distúrbios motores grosseiros param de sacudir os braços e as pernas, seus movimentos se tornam mais apropriados e, subsequentemente, desenvolvem boa adaptação social. Isso é muito valioso!" ele diz.
Pronin admite que novos métodos de tratamento surgem constantemente, assim como a lista de perguntas sobre o sistema nervoso central e suas doenças nunca se esgota. No entanto, esse progresso constante é o que sempre o fascinou como especialista.
"Então não vamos simplesmente desistir e parar. Temos muito espaço para crescer e algo a que aspirar", conclui o médico.
Por Sputinik Brasil
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