Economia
Ouro dispara para recorde histórico com receios de guerra comercial

Os preços do ouro dispararam para um recorde histórico na sexta-feira, 28, impulsionados pela crescente demanda por ativos seguros diante do temor de uma guerra comercial global, após a imposição de novas tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O contrato de ouro para abril fechou com alta de 0,83%, atingindo US$ 3.086,5 por onça troy, o maior valor de fechamento registrado na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na máxima intraday, o metal dourado atingiu US$ 3.094,9 a onça-troy, novo recorde intradiário. Na semana, o ouro avançou 1,74%.
O Swissquote Bank observou que o sentimento de mercado permanece "azedo", alimentado pelas intensas discussões sobre tarifas. A busca por refúgio seguro aumentou à medida que as tensões comerciais globais cresceram, conforme destacou Barbara Lambrecht, analista de commodities do Commerzbank. Ela também alertou que a sobretaxação agrava os riscos de uma desaceleração econômica nos EUA.
Lambrecht enfatizou que o "rali do ouro ainda não acabou", destacando que o metal precioso está bem sustentado, especialmente diante da expectativa de indicadores econômicos dos EUA possivelmente decepcionantes na próxima semana, o que poderia reforçar as expectativas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve. Dados recentes mostraram que o índice de preços PCE, a medida de inflação preferida do Fed, segue acima da meta de 2%.
Além disso, o preço do ouro foi impulsionado pelas tensões geopolíticas, como o agravamento do conflito no Oriente Médio e a falta de um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Nesta sexta-feira, as forças israelenses realizaram um ataque no subúrbio de Beirute, após declarações do ministro da Defesa de Israel, que afirmou que "se não houvesse paz nas comunidades do norte de Israel, também não haveria paz em Beirute". No Leste europeu, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que a Rússia se reserva o direito de retomar os ataques a instalações energéticas caso a Ucrânia viole o acordo de preservação dessas estruturas.
* Com informações da Dow Jones Newswires
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