Política

Sessão da Câmara é interrompida por falta de quórum após manobra para evitar votação de convocações

Vereadores do G-12 que trocaram independência por cargos e usam chincana legislativa, deixando o plenário, um a um, para evitar a vergonha de serem obrigados a negar a convocação das auxiliares da prefeita Luisa Duarte e ter que enfrentar a repercussão po

Redação 20/03/2025
Sessão da Câmara é interrompida por falta de quórum após manobra para evitar votação de convocações

A sessão da Câmara de Vereadores, realizada na noite desta quarta-feira (19), foi interrompida após mais de uma hora de duração devido à falta de quórum. O encontro legislativo começou com apenas 12 parlamentares, já que três vereadores estavam ausentes: Kall Melo, que não justificou sua falta; Lúcio Carlos Medeiros, que sofreu um acidente de carro pela manhã, mas saiu ileso e, por conta disso, teve sua ausência justificada; e Fabiano Gomes, que também não compareceu.

Mesmo com um número reduzido de presentes, a sessão teve início e transcorreu normalmente durante a primeira hora, com leitura da ata da sessão anterior, ausência de correspondências dirigidas à Casa e início das manifestações no primeiro expediente com Helenildo Neto (REP), Pedrinho Gaia (MDB) e Gileninho Sampaio (PRD). No entanto, um fato curioso chamou atenção: à medida que o tempo passava, e se lia e aprovava as indicações, os vereadores que compunham o chamado G12 foram deixando o plenário, um a um, até que não houvesse mais quórum suficiente para a continuidade dos trabalhos.

O esvaziamento estratégico do plenário ocorreu justamente no momento em que estavam pautados para votação os requerimentos apresentados pelos vereadores Helenildo Neto e Ronaldo Raimundo Filho (Roninha Raimundo) que chegou atrasado à sessão, mas a tempo de votar seu requerimento, que convocavam as secretárias municipais de Saúde e Educação para prestar esclarecimentos à Casa. Com a debandada dos vereadores, a sessão foi encerrada sem que os requerimentos fossem apreciados, frustrando a tentativa da oposição de obter explicações das gestoras sobre suas respectivas pastas.

O episódio evidencia uma articulação política dentro da Câmara, que impediu a votação de matérias que poderiam gerar desgaste para o Executivo. Os vereadores Roninha Raimundo (PRD) e Helenildo Neto (REP) informaram à reportagem que os requerimentos estão mantidos para a próxima sessão. Resta saber se a base governista (que trocou secretarias para defender o indefensável) repetirá a estratégia para impedir sua aprovação.