Altos funcionários norte-americanos disseram a seus homólogos europeus que, para resolver a crise ucraniana, a União Europeia (UE) deverá aliviar as sanções contra Moscou e participar no processo de pacificação do conflito na Ucrânia, relata a agência de notícias Bloomberg.

"Autoridades dos EUA disseram a seus colegas europeus que a União Europeia terá de participar de qualquer acordo de paz na Ucrânia, já que a Rússia quer o alívio das sanções impostas pelo bloco como parte de um acordo", ressalta a publicação, citando fontes.

Segundo as fontes da agência, as autoridades de Washington informaram seus colegas europeus que, para a administração Trump, o fator-chave é o fim das ações militares e só após isso serão discutidas outras questões, inclusive as possíveis garantias de segurança para a Ucrânia.

Além disso, a Bloomberg sublinha que, até agora, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem evitado mencionar a União Europeia nas conversas com os lados russo e ucraniano.

Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que as questões das sanções europeias contra a Rússia e dos ativos russos congelados serão discutidas em negociações futuras.

Após o início da operação russa na Ucrânia, a UE e outros países ocidentais congelaram quase metade das reservas de moeda estrangeira da Rússia, cerca de € 300 bilhões (cerca de R$ 1,8 trilhões) que se encontravam em bancos ocidentais.

Mais de € 200 bilhões (cerca de R$ 1,2 trilhões) permanecem na UE, principalmente nas contas da Euroclear da Bélgica, um dos maiores sistemas de liquidação e compensação do mundo.