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Piscina do CREDEFIPI virou um foco de doenças na Vila Nova em Palmeira dos Índios
Há meses que equipamento para tratamento de hidroterapia está sem manutenção
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O desmonte da saúde pública em Palmeira dos Índios segue firme e forte, oferecendo aos cidadãos não tratamentos, mas descaso, abandono e promessas vazias. O mais recente capítulo desse enredo vergonhoso se desenrola no Centro de Reabilitação para Deficientes Físicos de Palmeira dos Índios (CREDEFIPI), que, apesar de sua importância para a população, se tornou um exemplo do que a negligência administrativa é capaz de fazer.
Inaugurado em 20 de julho de 2004, no bairro da Vila Nova, o CREDEFIPI tem uma missão nobre: oferecer tratamentos de reabilitação para pacientes com deficiência física. Em 2023, passou por uma reforma que, na teoria, traria melhorias ao atendimento, incluindo uma piscina para hidroterapia, essencial para a recuperação de inúmeros pacientes. No entanto, bastou o tempo passar para que a ineficiência da gestão municipal mostrasse sua face mais cruel.
A tão alardeada piscina de hidroterapia, que deveria ser um instrumento de alívio e recuperação para os pacientes, hoje é um foco de abandono e proliferação de doenças. Sem manutenção há meses, a água apodreceu, transformando-se num criadouro de insetos e afastando os pacientes de seus tratamentos. Mosquitos, larvas e sujeira tomam conta do espaço, que deveria ser um ambiente de cuidado e reabilitação. A estrutura que prometia devolver qualidade de vida agora ameaça a saúde de quem mais precisa.
Pacientes e familiares denunciam a situação de calamidade, mas, como de costume, a administração municipal segue no mais absoluto silêncio. O que era para ser um benefício se tornou um símbolo do descaso, da incompetência e da falta de compromisso com a saúde pública.
O ciclo do abandono
A história do CREDEFIPI é um reflexo do que acontece com a saúde pública de Palmeira dos Índios como um todo. A cidade coleciona reclamações de falta de médicos, escassez de medicamentos, central de marcação de exames ineficiente, infraestrutura sucateada e unidades de saúde que mais parecem desertos de profissionais. O abandono da piscina do CREDEFIPI não é um caso isolado; é apenas mais um sintoma da falência de um sistema que deveria proteger os mais vulneráveis, mas que os trata com desprezo.
Enquanto isso, a população segue pagando o preço da negligência e do voto errado. A quem interessa manter o sistema de saúde em frangalhos? Até quando os cidadãos de Palmeira dos Índios vão ter que conviver com a vergonha de uma gestão que há 8 anos promete, mas não entrega? O que falta para a prefeitura agir? Mais sofrimento, mais adoecimento, mais vidas prejudicadas?
A resposta, infelizmente, já conhecemos: o descaso é a única política de saúde que se mantém ativa na cidade.
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