A revolta com a Central de Marcação de Exames e Consultas de Palmeira dos Índios ganhou mais um capítulo na manhã desta quinta-feira (13). O mototaxista Wellington, conhecido popularmente como Gago, fez um desabafo público denunciando a burocracia, o descaso e a falta de vagas para exames essenciais.

O drama para conseguir um exame

Wellington relatou que precisa fazer uma tomografia da coluna lombar e, para isso, seguiu todo o procedimento recomendado pelo SUS. Foi ao posto de saúde do bairro Edval Gaia, conseguiu a requisição (PAC) e levou até a Central de Marcação. Desde então, iniciou uma verdadeira via-crúcis para conseguir a autorização do exame.

“Hoje tá com oito dias que trouxe meu PAC para cá. Vim ontem pegar e disseram que não podiam me entregar. Voltei hoje e a mesma conversa: não tem como marcar, não tem vaga”, relatou indignado.
O mototaxista ainda tentou recuperar o documento para buscar uma alternativa por conta própria, mas nem isso lhe foi permitido.

“Pedi meu PAC de volta porque tenho amizades que podem me ajudar, mas não querem me entregar”, denunciou.

"A Saúde de Palmeira dos Índios é uma vergonha!"

A revolta do trabalhador reflete a realidade de milhares de pacientes que precisam do SUS em Palmeira dos Índios. A dificuldade em marcar exames e consultas tem sido um dos principais problemas enfrentados pela população, especialmente desde a criação da Central de Marcação, medida implantada pelo ex-prefeito e atual supersecretário Júlio Cezar e mantida por sua sucessora, Luísa Duarte.
“Agora vocês vêm dizer que a saúde de Palmeira está boa? É uma porcaria! A saúde daqui é uma merda! Falo e não tenho rabo preso com ninguém”, desabafou o mototaxista.

Sistema Ineficiente e Falta de Respostas da Prefeitura

A Central de Marcação, que já foi alvo de diversas denúncias, continua sendo um dos maiores problemas da saúde pública municipal. Pacientes relatam longas esperas, burocracia excessiva e a completa falta de transparência no agendamento de exames e consultas.

Apesar das reclamações recorrentes e das denúncias de vereadores e usuários do SUS, a Prefeitura de Palmeira dos Índios ainda não apresentou uma solução concreta para o problema. Enquanto isso, a população segue humilhada e desassistida, esperando um atendimento digno que nunca chega.

A Tribuna do Sertão seguirá acompanhando esse caso e cobrando da administração municipal respostas e providências imediatas. Afinal, até quando os palmeirenses terão que implorar por um serviço básico de saúde?