Cidades
Filas na madrugada e caos na Saúde: a falácia da prefeitura em resposta ao problema da central de marcação
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A nota divulgada pela Prefeitura de Palmeira dos Índios sobre as filas na Central de Marcação de Exames é um retrato fiel da ineficiência e do descaso da gestão de Luisa Duarte com a saúde pública. Em vez de reconhecer o caos instalado no atendimento e apresentar soluções concretas, a administração opta por uma justificativa vaga e tenta normalizar um problema grave que afeta diretamente a população mais vulnerável.
A realidade dos usuários do sistema de saúde municipal é bem diferente da versão oficial divulgada na nota. Pacientes, muitos deles idosos e pessoas debilitadas, são obrigados a madrugar em frente à Central de Marcação na esperança de conseguir um exame ou uma consulta. Enquanto a Prefeitura se vangloria do horário de funcionamento das 7h às 15h, a verdade é que, se o cidadão não estiver na fila antes do amanhecer, corre o risco de sair de mãos vazias ou enfrentar uma longa espera desumana.
A justificativa apresentada de que "não há necessidade de chegar com tanta antecedência" é um insulto à inteligência da população. Se não houvesse necessidade, por que centenas de pessoas ainda se submetem a essa rotina desgastante? O próprio texto da Prefeitura admite que há uma demanda crescente, mas se omite em explicar o motivo pelo qual não há medidas efetivas para evitar a superlotação e a formação de filas.
A falha na gestão da marcação de exames é apenas um sintoma de um problema estrutural maior: a falta de planejamento e investimento na saúde pública. Se o município recebe pacientes de cidades vizinhas, como alega a Secretaria de Saúde, por que não há um controle eficiente para organizar esse fluxo? Por que não há um sistema informatizado que evite deslocamentos desnecessários e permita que a população faça agendamentos online ou por telefone?
Além disso, a Prefeitura se esquiva de uma questão central: a precariedade dos serviços de saúde. O acúmulo de pacientes na Central de Marcação não acontece por acaso. Ele é reflexo de um sistema que não dá conta da demanda, que sofre com a falta de profissionais, com a demora na realização de exames e com o sucateamento das unidades de atendimento. Em vez de tratar a fila como um fenômeno espontâneo, a gestão municipal deveria encarar o problema como uma falha grave de administração.
A população de Palmeira dos Índios não precisa de notas de esclarecimento vazias. Precisa de soluções concretas. Precisa de respeito. Enquanto a Prefeitura continuar tratando os problemas da saúde pública com discursos genéricos e ações paliativas, a realidade das filas madrugadas continuará sendo a triste marca da incompetência da atual gestão.
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