Política
Arthur Lira assume protagonismo na proposta de isenção do Imposto de Renda

Mesmo durante o feriado da Páscoa, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não tirou folga das articulações políticas. Relator da proposta do governo Lula que prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, Lira tem se movimentado para dominar a pauta e conduzir o debate com autoridade.
A missão é estratégica: além de atender a uma promessa de campanha do presidente Lula, a medida impacta diretamente milhões de brasileiros da classe trabalhadora. Ao assumir o protagonismo da proposta, Lira busca consolidar seu espaço como peça-chave na articulação entre o Legislativo e o Executivo.
Nos bastidores, o deputado alagoano tem estudado os detalhes técnicos da proposta, conversado com líderes partidários e buscado construir um consenso que permita a votação em tempo hábil. A movimentação reforça seu prestígio no Congresso e sinaliza que o debate sobre a reforma tributária, mesmo em meio aos recessos, continua em alta temperatura.
O projeto de ampliação da faixa de isenção do IR é considerado como a principal proposta do governo Lula (PT) para recuperar a sua popularidade ainda este ano — todas as pesquisas realizadas neste início de 2025 apontam alta desaprovação do presidente e da sua gestão.
A proposta do Palácio do Planalto foi enviada ao Congresso Nacional em março e certamente sofrerá alterações por meio de emendas apresentadas pelos parlamentares — o próprio PP de Arthur Lira já prepara sugestões de mudanças no texto original, sinalizando que a disputa em torno da paternidade da medida será intensa.
Apesar do apelo popular da proposta, que promete isentar do Imposto de Renda trabalhadores com rendimentos de até R$ 5 mil mensais, a complexidade fiscal do tema exige cautela. Técnicos da Receita Federal alertam para o impacto bilionário na arrecadação e pedem compensações que viabilizem a renúncia sem comprometer o equilíbrio das contas públicas.
Lideranças do Congresso, por sua vez, avaliam que a proposta será um trunfo eleitoral para quem conseguir capitalizá-la politicamente. Arthur Lira, relator da matéria, já atua para assumir o protagonismo da pauta, ampliando seu espaço de influência e consolidando seu papel de interlocutor privilegiado entre Executivo e Legislativo.
Se for aprovada ainda este ano, a nova regra só entrará em vigor a partir de 2026, respeitando o princípio da anterioridade tributária. Até lá, o projeto continuará sendo um campo de disputa política, técnica e simbólica em Brasília.
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