Alagoas
Pacientes do HGE que tentaram o suicídio participam de roda de conversa promovida pelo Cais
O Centro de Acolhimento Integrado, Prevenção e Pósvenção ao Suicídio e Autolesão (Cais) promoveu no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, uma roda de conversa com pacientes que precisaram de atendimento após apresentarem algum tipo de transtorno mental que resultou na tentativa do suicídio. A ideia é que a partilha das histórias oportunize o diálogo, concedendo mais apoio e o surgimento de novas ideias que favoreçam a vida.
Apesar de ser um trabalho contínuo, o espaço foi aberto dentro da proposta do Janeiro Branco, que visa conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e emocional. A psicóloga Iris Gomes conta que o momento é de escuta, empatia e muita atenção; longe dos temidos julgamentos e pré-conceitos que muitas vezes paralisam quem está enfrentando algum tipo de transtorno mental.
“Essa ação foi direcionada a cidadãos que estavam ingressando ao Cais, aqueles que identificamos no hospital e precisam da nossa contribuição. A ideia é que um conte a sua história, o outro se reconheça nessa história, e assim todos saem fortalecidos. Para isso, reunimos todas as psicólogas do nosso serviço para mediarem essa conversa e esperamos que todos saiam com mais esperança e com a sua assistência complementar assegurada”, afirmou.
O Cais oferece atendimento especializado imprescindível na prevenção e apoio a pessoas em situação de risco de suicídio e autolesão. Ele é fundamental na promoção da saúde mental e no cuidado psicossocial de cidadãos que enfrentam esses desafios, oferecendo acolhimento e acompanhamento humanizado. Para ter acesso, basta o cidadão estar em atendimento na maior unidade de urgência e emergência de Alagoas.
“Após a alta médica, a nossa equipe mantém o acompanhamento para assegurar a continuidade dos cuidados, evitando um retorno que pode ser ainda pior. É um trabalho árduo, sensível e minucioso que precisa ser realizado com cuidado, cautela e muita atenção. O medo, a negação e a vergonha são alguns dos motivos argumentados pelo paciente para não reconhecer que tentou o suicídio”, complementou Soraya Suruagy, coordenadora do Cais.
Contra a ação suicida, as psicólogas recomendam mais diálogos, mais lazer, mais apoio, mais expressões de afeto ao outro. A busca por hábitos saudáveis também contribui, como a prática de atividade física, o consumo de alimentos saudáveis, a hidratação, a autoaceitação e o acompanhamento profissional.
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