Economia
Dólar cai por tarifa mais branda de Trump à China do que o prometido
O dólar opera em baixa nos primeiros negócios no mercado doméstico na manhã desta quarta-feira, 22. Mas o avanço dos rendimentos dos Treasuries serve de contraponto. Em mais um dia de agenda esvaziada, a percepção dos analistas de que as tarifas iniciais do presidente dos Estados Unidos estão mais brandas do que o temido ajuda na queda do dólar ante divisas principais e emergentes e ligadas a commodities.
No foco está a possível tarifa de 10% para produtos chineses importados pelos EUA a partir de 1º de fevereiro, menor que os 60% prometidos durante a campanha. Trump participa nesta quarta, por videoconferência, do Fórum Econômico Mundial em Davos. Ele já indicou uma taxa de 25% sobre produtos do Canadá e México a partir de 1º de fevereiro.
É possível ainda que ocorram novos ingressos de capital estrangeiro no mercado local, o que segundo operadores pode ter favorecido a queda do dólar ante o real nas últimas duas sessões. Na segunda-feira, 20, os investidores estrangeiros aportaram R$ 104,215 milhões na B3, acumulando uma entrada líquida de R$ 3,725 bilhões no mês.
Contudo, o presidente americano Donald Trump já avisou que há possibilidade de medidas mais severas, caso os Brics decidam abandonar o dólar como moeda de troca. Tarifas ao Brasil ainda são incógnitas, mas a Moody's estima alíquota de 5%, e o Bradesco, de 10% a 25%.
As tarifas impostas pelos EUA, sob o governo de Donald Trump, devem ser elevadas e pesarão sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global, embora não em nível tão devastador como era temido pelos mercados, avaliou o economista-chefe da Fitch Ratings, Brian Coulton.
A uma semana da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central inicia nesta quarta o período de silêncio e nem mesmo o IPCA de dezembro, que sai na sexta-feira, deve alterar a aposta do mercado de mais uma alta de 100 pontos-base da Selic, como sinalizado pelo BC.
O Ministério da Fazenda estima que o pacote fiscal aprovado no fim do ano vai gerar uma economia de R$ 29,4 bilhões no orçamento deste ano. O dado foi enviado ao Estadão/Broadcast e prevê o efeito para 2025 de cada medida aprovada. Até então, a pasta só havia divulgado, em dezembro, o impacto do pacote somado para 2025 e 2026, de R$ 69,8 bilhões, sem isolar na publicação os efeitos para cada ano. Segundo a tabela mais recente, em 2026, as medidas irão poupar R$ 40,3 bilhões aos cofres públicos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta manhã que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, vai "saber o momento adequado" para eventuais reajustes de preços nas refinarias. Em entrevista à CNN Money, ele ressaltou que possíveis ajustes serão feitos de forma equilibrada, "seja para cima ou para baixo".
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o próximo relatório deve mostrar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reúne as obras financiadas pelo governo federal, próximo de 50% de execução financeira. Segundo ele, o ritmo do programa está dentro do planejado, mas as obras executadas pelos municípios preocupam porque teriam tido atrasos por causa das eleições do ano passado.
Às 9h26 desta quarta, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 6,0135. O dólar futuro para fevereiro cedia 0,22%, a R$ 6,0230.
Mais lidas
-
1PALMEIRA DOS ÍNDIOS
R$43 milhões na Prefeitura e R$ 765 mil na Câmara em janeiro: Cadê a Transparência?
-
2AÇÃO INTEGRADA
Mais de 20 pessoas são presas em operação contra organização criminosa
-
3USINA DE VOTOS
Em Palmeira dos Índios, mais da metade da população depende do Bolsa Família e há temor de uso eleitoreiro para 2026, com ex-imperador na disputa
-
4DISCRIMINAÇÃO
Professor Cosme Rogério expõe racismo estrutural no PT de Palmeira dos Índios
-
5PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Prefeita Luísa Duarte nomeia Jesimiel Pinheiro como secretário adjunto de infraestrutura