Geral
Presidente da Fiea repercute chamado da CNI por pacto para o crescimento econômico
José Carlos Lyra de Andrade endossou posições de Ricardo Alban sobre desafios econômicos
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, endossou nesta quarta-feira (8/1) as preocupações levantadas por Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em recente artigo sobre os desafios econômicos do Brasil para 2025. Lyra destacou a relevância do chamado à convergência entre os Poderes da República e as esferas de governo, incluindo estados e municípios, como estratégia essencial para a mitigação de riscos econômicos e a manutenção de um ambiente favorável ao crescimento.
De acordo com José Carlos Lyra, o cenário desenhado por Alban tem impactos diretos sobre Alagoas, Estado cuja economia também tem como bases importantes o setor industrial e o agronegócio. “A indústria de transformação em Alagoas, assim como no restante do Brasil, é um motor de geração de emprego e desenvolvimento. Precisamos de políticas coordenadas que aliem responsabilidade fiscal e incentivos estratégicos para garantir que o setor continue expandindo e contribuindo para a nossa economia”, afirmou.
O presidente da Fiea também reforçou a necessidade de uma política econômica que estabilize o câmbio e reduza as taxas de juros, elementos cruciais para a competitividade da indústria local. “O dólar em alta encarece insumos importados, o que afeta diretamente a indústria química e de alimentos, setores fortes em Alagoas. Ao mesmo tempo, juros elevados desestimulam investimentos produtivos que poderiam gerar mais empregos e oportunidades no estado”, acrescentou.
Para Lyra, o “pacto nacional” proposto pela CNI, que inclui o alinhamento entre o Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Judiciário e as administrações estaduais e municipais, é fundamental para criar um ambiente de previsibilidade e confiança. Ele destacou que a adesão a regras claras de responsabilidade fiscal, combinadas com estímulos seletivos, pode destravar o potencial industrial de estados como Alagoas.
“O governo federal tem feito avanços, mas é crucial que estados e municípios estejam alinhados, especialmente em um momento em que enfrentamos desafios fiscais. Em Alagoas, precisamos aproveitar essa oportunidade para consolidar nossa posição como um estado competitivo, especialmente no setor sucroalcooleiro, químico e de construção civil, que são pilares da nossa economia”, pontuou.
Lyra também destacou a importância do fortalecimento da indústria como um caminho para reduzir desigualdades sociais e melhorar a qualidade de vida da população. “A indústria não apenas gera empregos diretos, mas impulsiona toda a cadeia produtiva. Com mais empregos e maior arrecadação, temos a possibilidade de investir mais em educação, saúde e infraestrutura, impactando positivamente a vida dos alagoanos”, concluiu.
Ao final, o presidente da Fiea reforçou a necessidade de Alagoas se posicionar ativamente no debate nacional sobre políticas econômicas. Ele ressaltou que, em meio às incertezas para 2025, o estado tem condições de se beneficiar de uma política nacional bem coordenada, que promova a estabilidade econômica e o estímulo ao setor produtivo.
A perspectiva de um “novo ciclo de crescimento”, como mencionado por Alban, dependerá de ações imediatas e coordenadas. Para José Carlos Lyra, a indústria alagoana está preparada para ocupar um papel de destaque nesse esforço, desde que sejam garantidas as condições adequadas para sua expansão e inovação
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