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Problemas da educaçâo
Vez por outra alguém me pergunta como vai a educação brasileira, de modo geral. É difícil dizer que vai bem. Na verdade, avaliações recentes atestam que ela vai mal.
A “Folha de São Paulo” publicou matéria sobre o estatuto Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS), em que foram avaliados alunos de 64 países. Os resultados foram trágicos. Na prova de matemática para o 4º ano do ensino fundamental a média foi de 400 pontos, numa escala de 0 a 1.000. Ou seja, nota 4, o que não dá para passar. Os alunos mal sabem somar ou subtrair com números acima de três dígitos, o que é um verdadeiro absurdo. No 8º ano foi ainda pior. Empatamos com Marrocos na última colocação.
No teste de Ciências fomos ligeiramente melhor, com 420 pontos no 8º ano, longe dos outros países. Se deixássemos o TIMSS para nos referir ao Pisa, focalizando 81 países, considerando Matemática, Ciências e Leitura de jovens de 15 anos os resultados foram também decepcionantes, muito abaixo do mínimo de conhecimento esperado. O problema não está só em aperfeiçoar a qualidade do ensino ou pagar melhor aos professores, mas na necessária ampliação do ensino integral e no combate à evasão que hoje é uma verdadeira praga.
Deve existir um sólido movimento de aperfeiçoamento da qualidade do ensino, o que precisa envolver não só as autoridades federais, mas também Estados e municípios. Uma ação coletiva para que todos tenham uma só e patriótica preocupação.
Em síntese, o que precisa ser feito é dar vida efetiva a um Plano Nacional de Educação, elaborado com todos os requisitos de eficácia que são necessários em casos assim. De que adianta propor um novo ensino médio se as questões candentes da alfabetização permanecem esquecidas? E é sabido que nossas crianças não estão se dando bem com as propostas dos anos iniciais de educação do nosso sistema escolar. Estamos em meio a um mandato governamental, mas nunca será tarde para propor um vigoroso Plano Nacional de Educação. Por que não tentar?
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