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Zelensky não quer paz com Moscou por medo de perder o poder, diz Rússia na ONU

A paz na Ucrânia para Vladimir Zelensky é "o cenário mais assustador", já que o ucraniano teria que participar de eleições com o fim do conflito na região, afirmou nesta sexta-feira (20) o representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unida

20/12/2024
Zelensky não quer paz com Moscou por medo de perder o poder, diz Rússia na ONU
Foto: © AP Photo / Omar Havana
"Como já dissemos várias vezes, a paz para ele é o cenário mais assustador, porque, segundo algumas informações, ele tem apenas 11% de apoio entre os cidadãos da Ucrânia. Nesse caso, ele seria forçado a participar de eleições e perder o poder. Depois, teria que responder por todos os crimes que cometeu contra seu próprio povo, transformando-o em peão no jogo geopolítico do Ocidente contra a Rússia", destacou a autoridade russa durante reunião no Conselho de Segurança da ONU.

Para Nebenzya, o ucraniano teme "qualquer negociação como teme o fogo, rejeitando uma após outra as iniciativas de paz, como aconteceu nesta semana com a proposta do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, de uma trégua de Natal e troca de prisioneiros".

Já com relação ao ataque com mísseis realizado por Kiev contra a localidade de Rylsk, região de Kursk, o representante permanente afirmou que a Rússia não demorará a dar respostas. "Nossa reação a esse crime não vai demorar a chegar", acrescentou.

"O regime de Kiev deu um passo inequívoco em direção à escalada ao realizar um ataque massivo com foguetes contra a cidade pacífica de Rylsk, na região de Kursk, lançado hoje à tarde, horário local, usando sistemas de lançamento múltiplo de foguetes HIMARS. Como vocês podem imaginar, nossa resposta a esse crime deliberado contra cidadãos russos pacíficos não tardar", disse.

Assassinato de Kirillov e a natureza terrorista de Kiev

A autoridade russa também comentou sobre o tentado contra o chefe das tropas de defesa química, biológica e radiológica das Forças Armadas da Rússia, o general-tenente Igor Kirillov, e lembrou que o caso mostra a "natureza misantrópica e terrorista" da liderança em Kiev.

"Esse crime confirma plenamente a natureza misantrópica e terrorista da atual liderança ucraniana", afirmou.

Nebenzya destacou ainda que os cúmplices desse e de outros crimes semelhantes, direcionados contra membros da elite militar, criativa e política russa, são os supervisores ocidentais de Kiev.

De acordo com o Comitê de Investigação da Rússia, no início desta semana um dispositivo explosivo foi detonado em um patinete estacionado próximo à entrada de um edifício em Moscou. Além do general-tenente, o ataque provocou a morte do seu assistente.

Um processo criminal foi aberto sobre o caso, com acusações de terrorismo, assassinato e posse ilegal de armas. Uma moradora de um prédio próximo relatou à Sputnik que o incidente ocorreu por volta das 6h12 no horário de Moscou.

Na última quarta (18), o Comitê de Investigação e o Ministério do Interior informaram a prisão do executor do ataque, um homem nascido em 1995. Ele revelou ter sido recrutado pelos serviços secretos ucranianos e que lhe haviam prometido US$ 100 mil (R$ 608 mil) e um visto para a Europa pelo crime cometido.

Por Sputinik Brasil