Em uma manifestação pública de apoio, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) expressou solidariedade à jornalista Géssika Costa, alvo de ataques misóginos nas redes sociais feitos pelo radialista Rodrigo Veridiano. O caso expõe mais uma vez a necessidade de combater o preconceito e a violência verbal que permeiam o ambiente virtual.

Géssika Costa, reconhecida por sua atuação premiada como jornalista e por sua liderança no movimento negro e na luta pelas mulheres, se pronunciou sobre o afundamento dos bairros em Maceió, uma questão de extrema relevância social. Entretanto, sua manifestação foi respondida com ataques considerados desrespeitosos e incompatíveis com a conduta esperada de qualquer profissional da comunicação.

O Sindjornal enfatizou que a jornalista utilizou suas redes sociais de forma legítima, exercendo seu direito à liberdade de expressão como cidadã e profissional, sem ultrapassar limites éticos. A entidade destacou que a violência verbal nas redes sociais não contribui para um debate construtivo e pediu respeito à liberdade de expressão e à imprensa como pilares fundamentais da democracia.

A nota também pontuou a importância de um debate público fundamentado em conteúdo e argumentos, e reafirmou o compromisso do Sindjornal em combater a violência nas redes sociais. "Vamos seguir firmes ao lado dos jornalistas", declarou o sindicato.

Segue, na íntegra, o texto publicado pelo Sindjornal:


NOTA DE SOLIDARIEDADE

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas vem manifestar solidariedade e apoio à jornalista Géssika Costa, vítima de ataques misóginos nas redes sociais proferidos pelo radialista Rodrigo Veridiano. Infelizmente, a falta de argumentos revela uma faceta de preconceito que merece todo o nosso repúdio como categoria e como seres humanos.

Géssika é jornalista, premiada, liderança no movimento negro e na luta das mulheres, e fez críticas ao afundamento dos bairros em Maceió. Como resposta, Veridiano demonstrou o tamanho do mal causado naqueles que ficam isolados em suas próprias bolhas. Palavras lamentáveis e que não condizem com a conduta de um comunicador nem se esperam de nenhum profissional.

O Sindjornal ressalta que a jornalista se manifestou em uma publicação nas redes sociais, exercendo o seu direito de cidadã, de jornalista e respeitando os limites da liberdade de expressão, o que motivou o ataque gratuito.

As redes sociais não podem e nem devem servir de palco para promoção de qualquer tipo de violência. O bom debate com conteúdo e argumentos é salutar para resolução de problemas que envolvem a nossa sociedade. E a imprensa está apta para promover esse tipo de discussão.

O Sindjornal tem combatido há anos os ataques nas redes. Um tipo de postura que nada agrega e que, na verdade, muito revela sobre aqueles que dizem defender uma sociedade mais justa, e neste caso empunhando os microfones da imprensa.

Vamos seguir firmes ao lado dos jornalistas.

Maceió, 20 de dezembro de 2024

Sindicato dos Jornalistas de Alagoas