Cidades
Prefeito eleito em Santana do Ipanema terá salário equiparado ao do governador de Alagoas

O cenário político de 2025 já começa com mudanças significativas em pelo menos três municípios alagoanos, onde prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários terão reajustes expressivos em seus salários. As novas remunerações foram sancionadas ou promulgadas neste mês de dezembro e entram em vigor a partir de 1º de janeiro.
A jornalista Vanessa Alencar revelou que em Santana do Ipanema, o prefeito eleito, Eduardo Bulhões, terá um salário fixado em R$ 29.339,84, praticamente igual ao do governador de Alagoas, que recebe R$ 30.833,91. O vice-prefeito receberá R$ 18.409, enquanto secretários e vereadores terão subsídios de R$ 15.040,78 e R$ 9.901,92, respectivamente.
Comparação com outras cidades
O valor fixado para o próximo prefeito de Santana do Ipanema é expressivamente maior do que o salário atual de prefeitos de grandes cidades do estado, como Maceió (R$ 20 mil) e Arapiraca (R$ 15 mil), as duas maiores cidades de Alagoas. O salário bruto da atual prefeita, Christiane Bulhões, já é elevado, alcançando R$ 27.446,07, mas o reajuste sancionado pela própria gestora coloca a remuneração de seu sucessor em patamar equivalente ao do chefe do Executivo estadual.
Outros municípios também reajustaram salários
Em Junqueiro, o prefeito reeleito, Leandro Silva, sancionou a Lei 840/2024, estabelecendo os novos salários para os próximos gestores. Em 2025, o prefeito receberá R$ 20 mil, o vice-prefeito R$ 15 mil, vereadores R$ 8 mil e secretários municipais R$ 7 mil.
Esses reajustes seguem a tendência de aumentos salariais em diversas cidades, embora tenham gerado debates sobre sua compatibilidade com a realidade financeira e social dos municípios, muitos deles ainda enfrentando desafios econômicos significativos.
Transparência e repercussão pública
As informações sobre os novos salários estão disponíveis nos portais da transparência das respectivas prefeituras, mas não escaparam de críticas da população e de especialistas. Em um estado com desigualdades acentuadas e dificuldades em áreas como saúde e educação, os reajustes salariais, especialmente em cidades menores, suscitam questionamentos sobre prioridades administrativas e uso responsável dos recursos públicos.
Enquanto os novos gestores se preparam para tomar posse, cresce a expectativa sobre como conciliarão o aumento de suas remunerações com as demandas sociais e econômicas de suas localidades. A sociedade estará atenta ao impacto dessas decisões na governança local.

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