Internacional
Ideias de Trump de deportar imigrantes levarão a outra crise como a de 2008, diz Congresso dos EUA
As propostas do presidente eleito dos EUA Donald Trump de deportar imigrantes em massa ameaçam prejudicar a economia do país, reduzir a força de trabalho e aumentar a inflação, diz um relatório publicado pelo Comitê Econômico Conjunto do Congresso estadun
Cerca de 10,5 milhões de imigrantes ilegais vivem nos EUA no momento.
Se 8,3 milhões de imigrantes ilegais forem deportados, o PIB dos Estados Unidos vai cair 7,4% e o emprego 7,0% até 2028, afirmaram os senadores democratas com base em cálculos do Instituto de Economia Internacional Peterson.
De acordo com outras estimativas, a deportação de um milhão de pessoas por ano, até não haver mais imigrantes sem documentos nos EUA, ameaça resultar em uma perda do PIB entre 4,2% e 6,8% ou US$ 1,1 trilhão a US$ 1,7 trilhão (R$ 6,65 a 10,27 trilhões).
O problema vai ser mais grave no Texas, na Flórida e na Califórnia.
Destaca-se que, durante a crise financeira global de 2008, a economia dos EUA sofreu uma contração de 4,3%.
Com as deportações em massa, o relatório prevê que o custo de produtos e serviços em setores como a agricultura, construção e saúde aumentem para os cidadãos dos EUA, já que os imigrantes ilegais desempenham um papel importante nessas áreas.
"Eles cultivam, colhem e processam os alimentos dos americanos; constroem casas em comunidades de todo o país e prestam assistência domiciliar a idosos e outras pessoas. Sem a mão de obra imigrante, esses setores enfrentarão escassez de mão de obra, exacerbando ainda mais as suas necessidades de pessoal", indica o documento.
De fato, muitos setores estão com falta de trabalhadores.
Por exemplo, 282 mil vagas estavam por ocupar no setor de construção em setembro de 2024, sendo necessárias 454 mil pessoas para atender à demanda de mão de obra no próximo ano.
Trump prometeu, no primeiro dia de sua presidência anterior, lançar "o maior programa de deportação da história americana para remover criminosos".
O jornal The New York Times disse que o político planeja organizar batidas em massa para procurar pessoas sem documentos, simplificar o processo de expulsão, proibir a entrada de imigrantes de determinados países "problemáticos" e abolir o direito de filhos de pais sem documentos de obter cidadania no país.
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