Política
Múcio diz que militares presos não representam as Forças Armadas, e pede apuração do caso
O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, que seria executada em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "não representam as Forças Armadas". O chefe da pasta disse desejar que quem mancha o nome da instituição, se verdadeiro culpado, que seja punido.
"Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um", afirmou Múcio a jornalistas nesta quarta-feira, 20, no Palácio Itamaraty, na esteira da recepção do presidente da China, Xi Jinping. "Eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça", acrescentou.
"Eu desejo, e as Forças também desejam, que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado, que seja punido", completou o ministro.
A trama golpista envolveria o assassinato do então presidente eleito, Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, 19, cinco suspeitos foram presos pela PF por integrarem o grupo por trás do plano - que, pelas investigações, esteve prestes a ser efetivado em 15 de dezembro de 2022.
As investigações indicam que, mais de um mês antes, um documento no Word foi criado detalhando o plano. Um dos presos nesta terça-feira, Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), é apontado como o responsável por imprimir o documento, intitulado "Planejamento - Punhal Verde e Amarelo", nas dependências do Palácio do Planalto.
Além de Fernandes, um policial federal e três "kids pretos" - militares do Comando de Operações Especiais do Exército - também foram detidos. O planejamento elaborado pelos investigados detalha os recursos humanos e bélicos que seriam necessários para colocar o plano em prática. O plano ainda envolvia a implementação de um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", a ser integrado pelos próprios investigados para gerenciar conflitos institucionais derivados do planejado golpe, indicou a PF.
Mais lidas
-
1HIPISMO
Amadora no hipismo, Shanna Garcia sonha com parceria para ser amazona de elite
-
2NAU À DERIVA
Ronaldo Medeiros defende afastamento de Ricardo Barbosa da presidência do PT
-
3JUSTIÇA CÉLERE
Juiz nega intervenção administrativa e suspensão de recursos ao CSE
-
4EUA
Kamala Harris tem pior resultado entre democratas nos últimos 20 anos com gastos recordes, diz mídia
-
5ESCÂNDALO NO CSE
Presidente José Barbosa responde a áudios vazados e acusações de divisão de receitas do clube