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Presidente José Barbosa responde a áudios vazados e acusações de divisão de receitas do clube

Redação 18/11/2024
Presidente José Barbosa responde a áudios vazados e acusações de divisão de receitas do clube
Ao lado de Bruno Feijó, José Barbosa participou do pré-arbitral da FAF - Foto: Reprodução

O presidente do CSE, José Barbosa, se viu no centro de uma polêmica após o vazamento de áudios que sugerem um suposto esquema de divisão de receitas do clube entre ele, José Alves, tesoureiro do CSE e primo do prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, e Adrailton Bernardo, presidente do Instituto de Previdência Municipal (PalmeiraPREV) e também assessor do prefeito. A divulgação dos áudios, que circulam nas redes sociais, teria sido utilizada por adversários e ex-dirigentes do clube como instrumento de chantagem.

Barbosa, em entrevista à repórter Cinara Corrêa, negou qualquer irregularidade e procurou contextualizar as conversas. "Fui bem claro nos áudios. Tanto Adrailton quanto José Alves eram diretores voluntários, sem remuneração, que prestavam serviços ao clube", afirmou Barbosa, defendendo que a divisão dos valores mencionados foi realizada com o seu consentimento e dentro de um contexto acordado previamente.

O que dizem os áudios?

Segundo Barbosa, o episódio começou quando Adrailton lhe pediu R$ 1.000 como ajuda de custo, caso houvesse boa arrecadação de bilheteria. "Eu disse que, se a renda fosse boa, daria mil reais para ele e mil para o Zé Alves, e assim foi feito. No entanto, Umbelino distorceu os fatos, espalhou que Adrailton pegou o dinheiro sem a minha autorização e usou isso para me intimidar, ameaçando expor os áudios se eu não renunciasse à presidência", relatou.

Nos áudios, Umbelino acusa Adrailton de retirar dinheiro sem permissão. Contudo, Barbosa rebate: "Adrailton era o responsável pela prestação de contas da bilheteria, e tudo foi feito com o meu aval. Umbelino chegou a ligar para mim e para Adrailton, chamando-o de ladrão, mas, contraditoriamente, em outros momentos o elogiava."

Barbosa também esclareceu que a situação foi manipulada. "Os áudios mostram claramente que eu havia prometido dividir o dinheiro da arrecadação se a renda fosse boa, mas Umbelino usou isso para criar uma narrativa falsa e prejudicar minha gestão."

A ligação com a prefeitura

Os dois envolvidos diretamente no caso têm vínculos próximos com o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar. José Alves, tesoureiro do CSE, é primo e colaborador próximo do prefeito, enquanto Adrailton Bernardo ocupa o cargo de presidente do PalmeiraPREV, órgão de previdência municipal, e atua como assessor de Júlio Cezar. A relação dos dois com a administração municipal levantou questionamentos sobre a influência política na gestão do clube.

A disputa nos bastidores

O vazamento dos áudios escancara não apenas a crise no CSE, mas também possíveis interferências externas. Barbosa acusa Umbelino de tentar desestabilizar sua gestão para assumir o controle do clube. "Ele usou os áudios como arma política, ameaçou expô-los caso eu não renunciasse e, quando não cedi, cumpriu a ameaça", denunciou.

Repercussão

A ligação dos envolvidos com o prefeito Júlio Cezar acendeu discussões entre torcedores e críticos sobre a politização da administração do CSE. Nas redes sociais, o caso dividiu opiniões, com muitos cobrando mais transparência e explicações sobre o episódio.

Barbosa, por sua vez, garantiu que não irá se abalar. "Não permitirei que essas manobras tirem meu foco. Continuaremos trabalhando para fortalecer o CSE dentro e fora de campo", afirmou.


O CSE e o futuro

Enquanto a polêmica ganha novos desdobramentos, o clube enfrenta o desafio de superar a crise e reconquistar a confiança de seus torcedores. A relação entre a política municipal e o futebol também se tornou um ponto de debate, ampliando as tensões em torno do caso.

O desenrolar dessa história promete novos capítulos nos bastidores do esporte e da política de Palmeira dos Índios.

Ouça os áudios abaixo

Audios

Áudio 1

Áudio 2