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Ballet Maria Emília Clark apresenta ‘O Mar Quando Quebra na Praia’, dedicado ao escritor Carlito Lima
O Ballet Maria Emília Clark apresenta um novo espetáculo dedicado aos ícones da cultura e história de Alagoas. “O Mar Quando Quebra na Praia” narra a trajetória do escritor e produtor cultural, Carlito Lima. Dividido em três partes sequenciadas, a apresentação inclui repertórios clássicos e contemporâneos, além de um documentário ilustrado que amarra todo o enredo. Com direção geral de Maria Emília Clark, o ballet será apresentado no dia 29 de novembro, às 19h, aos pais e convidados, e em 30 de novembro, às 19h, e 1º de dezembro, às 17h, para o público geral. A exibição acontecerá no Teatro Gustavo Leite, no Centro de Convenções, localizado no bairro de Jaraguá, em Maceió (AL).
O projeto
A escola desenvolve uma obra realista, contextualizada, na qual apresenta a vida de pessoas que há anos realizam trabalhos significativos em Alagoas. O ballet já contou a história de outros alagoanos, como Lêdo Ivo, Douglas Apratto Tenório, Tania Maia Pedrosa, Ladislau Netto, e fatos históricos como o Quebra de 1912. No final de 2023, a escola definiu o nome do renomado escritor alagoano, Carlito Lima, para um dos seus três espetáculos anuais, em seu 25º aniversário. A partir do material levantado foi delineado o repertório e o enredo. O programa completo já está no prelo, aguardando impressão.
A bailarina Maria Emília Clark define o espetáculo como autobiográfico. “Está completamente autobiográfico. Carlito fez o enredo para o espetáculo sem saber. Ele talvez não tenha escrito ainda uma autobiografia como a que está no ballet. Vai ser um link para ele futuramente fazer algo lúdico, de memórias”, explicou. “Carlito Lima traduz para nós essa relação de uma histórica cidade de Maceió, em Alagoas. Um homem cujo primeiro caso de amor foi o Mar. Ele tem muitas obras publicadas, reconhecimento e comendas. Um ícone, mas, acima de tudo, um homem do bem”, reforçou.
O Espetáculo
O ballet está dividido em três momentos, com duração total de 1h30, sem intervalos. Na primeira fase, com cerca de 40 minutos, a companhia desenvolve o bloco do ballet clássico, o ápice técnico da apresentação. Nele, é contado o universo criativo da personagem. A história de Carlito Lima, do nascimento, da infância e adolescência, às escolhas profissionais, ao casamento e aos filhos. Em sequência, ocorre a apresentação dos repertórios clássicos, Dom Quixote (solo Kitri), Diana e Acteon (pas de deux). O espetáculo abre com a cena “No verão alagoano de 27 de fevereiro de 1940”, data de nascimento do escritor.
A terceira parte traz o bloco musical, com modalidades da escola, como sapateado, moderno e jazz dance, desenvolvido pelos demais membros do corpo de bailarinos. O enredo faz uma reflexão da ancestralidade, do parentesco ascendente e descendente da personagem, a relação com os amigos, com as pessoas, as memórias, o trabalho, a vida social e cultural. A escola desenvolve repertório próprio há anos e acrescenta peças clássicas para o fundamento de cada bloco.
Um documentário, com imagens reais e ilustrativas, amarra toda a história, como um pano de fundo de um cenário portentoso, que traduz a caminhada de 25 anos da escola. “Eu queria algo que me remetesse à questão do mar. A ideia de uma escadaria que existe quando a terra é muito alta em relação ao mar. Ela remete às escadarias da Broadway, do mundo, da vida. A escadaria que une a terra ao mar, que une o homem terreno ao homem espiritual. A escadaria define muito bem a ponte deste trabalho que é o elevar da vida, das ações, que conecta o universo”, enfatizou Clark.
O Ballet M. E. Clark
O Ballet Maria Emília Clark tem 25 anos de atuação no cenário da dança em Alagoas. A escola dispõe de um curso de profissionalizante, com turmas de baby class a adultos, numa duração total de 10 anos. Além disso, a companhia reúne bailarinos que se destacaram ao longo dos anos, tanto na escola, como no projeto desenvolvido com jovens em situação de vulnerabilidade social. Desde 1999, a escola trabalha o programa “A formação do bailarino clássico e os projetos coreográficos diversos”, que envolve dança e socialização de cerca de 60 crianças mais vulneráveis socialmente. A proposta conta com a parceria com a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), desde 2016.
O ballet já realizou 53 projetos coreográficos memorialistas, divididos entre os três grupos. Em cada um deles, o repertório clássico está integrado, para formação dos bailarinos. “Nós só temos uma ideia. Fazer profissionalmente bem feito. O que vai ficar é a força do fazer independente de qualquer coisa. Nós temos o fazer criativo sem limites. Não há limites para realizar um trabalho como este. A gente vai ao fundo de tudo. Não pode ser feito de qualquer maneira.
Nós temos 53 livros coreográficos alagoanos. O desafio é contar de uma forma diferente”, concluiu a bailarina.
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