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Começa o julgamento das cinco pessoas envolvidas na morte do auditor fiscal João de Assis Pinto

Cinara Corrêa, da Sucursal de Maceió 31/10/2024
Começa o julgamento das cinco pessoas envolvidas na morte do auditor fiscal João de Assis Pinto
Foto: Tribuna Hoje

Começa, na manhã desta quinta-feira, 31, o julgamento de cinco pessoas da mesma família acusadas pela morte do auditor fiscal João de Assis Pinto, em 26 de outubro de 2022. O julgamento acontece no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió.

A acusadora é a promotora de Justiça, Adilza de Freitas, titular da 42ª Promotoria de Justiça, tendo Bruno Vasconcelos Barros como assistente de acusação, que se baseia em crime triplamente qualificado, com motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Estarão no banco dos réus os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva e João Marcos Gomes de Araújo, além da mãe deles, Maria Selma Gomes Meira, e Vinicius Ricardo de Araújo Silva. Maria Selma e o filho, João Marcos, são acusados de fornecer suporte moral aos executores, facilitando o sucesso do plano de morte.

Os irmãos Ronaldo e Ricardo, junto com Vinicius, são apontados como os responsáveis por torturar João de Assis, causando-lhe graves lesões que culminaram em sua execução. Todos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, além de crimes conexos, como fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver.

O Ministério Público disse que fará o possível para fazer justiça. “Lutaremos pela condenação de todos os réus. Os filhos e a viúva do senhor João Assis esperam muito por esse momento. Com a condenação, a dor do luto poderá ser amenizada. O senhor João de Assis sofreu e morreu no exercício de suas atividades funcionais. Foram vários anos de dedicação à sociedade alagoana, e, amanhã, integrantes dessa sociedade darão a resposta para esse crime tão brutal”, assegurou a promotora Adilza de Freitas.

Após a instrução processual, Maria Selma foi impronunciada pelo crime de homicídio e irá a julgamento por crimes conexos, respondendo por fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver.

João de Assis, que estava com 62 anos, foi brutalmente assassinado, com seu corpo queimado e desovado em um canavial. O auditor fiscal cumpria o papel de servidor público e teria incomodado os donos do “Ponto 29”, localizado no conjunto Cleto Marques Luz, em Maceió, ao encontrar possíveis irregularidades fiscais em seu estabelecimento comercial.

A promotora de Justiça defende a pena máxima para os assassinos, que tiveram participação individualizada na execução.

Ronaldo Gomes é réu confesso e afirmou à polícia ter matado o auditor fiscal a facadas e apedrejamento.