Alagoas
APALCA rumo aos 25 anos: o legado e a importância da academia palmeirense de letras para Alagoas
Na noite desta quinta-feira, Santana do Ipanema foi palco de uma celebração especial do legado cultural de Alagoas. No auditório da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), a presidente da Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes (APALCA), Isvânia Marques, conduziu uma palestra intitulada “APALCA - Rumo aos 25 Anos!”. Em uma noite que prometia ser proveitosa, Isvânia dialogou sobre a história, os desafios e as conquistas dessa instituição, que é um dos pilares da cultura alagoana.
Durante o evento, a presidente apresentou cada um dos membros acadêmicos, destacando a importância e o papel de cada um para a história da academia e para a preservação da cultura no Estado. A palestra destacou o papel fundamental da APALCA em promover a literatura, ciência e artes na região, celebrando seu caminho até as vésperas de completar 25 anos de existência.
Fundada em 21 de junho de 2000, a APALCA teve a posse de seus 17 membros fundadores em agosto de 2001, em uma cerimônia realizada no auditório Dom Fernando Iório, em Palmeira dos Índios. A primeira diretoria foi presidida pelo Padre Antônio Melo de Almeida, mais conhecido como Padre Motinha, que liderou a academia até 2004, quando deixou o cargo para disputar uma vaga na Câmara Federal. Isvânia Marques assumiu a presidência interinamente, dando continuidade ao trabalho cultural até hoje.
Uma trajetória de concursos e homenagens
A APALCA, desde sua criação, tem desempenhado um papel relevante na promoção da cultura literária no estado de Alagoas. Em 2002, durante o Ano Graciliano promovido pelo Governo do Estado, a academia realizou o I Concurso Prosa e Verso Mestre Graça, homenageando Graciliano Ramos, seu Paraninfo Perpétuo. O evento culminou com a entrega de troféus aos vencedores e o lançamento de uma antologia com os trabalhos selecionados.
O sucesso do primeiro concurso levou à realização de outras edições, incluindo o II Concurso Prosa e Verso Luiz Torres em 2005, que homenageou o historiador Luiz Torres. O terceiro concurso, em 2008, homenageou o romancista palmeirense Adalberon Cavalcanti Lins, e foi dedicado a escritores do município de Palmeira dos Índios.
Dificuldades e conquistas: a luta pela sede e reconhecimento
Apesar de ser uma instituição cultural reconhecida, a APALCA enfrentou muitos desafios até conquistar sua sede própria. Inicialmente, as reuniões ocorriam em locais improvisados como a Câmara de Vereadores, o Palácio Episcopal e até mesmo em residências de acadêmicos. Foi apenas em 2005 que o bispo diocesano Dom Fernando Iório cedeu uma sala no Centro de Treinamento da Diocese, onde a academia passou a realizar suas atividades.
Em 2006, um grande marco na história da APALCA aconteceu: o governador interino, Luís Abílio Sousa Neto, assinou o contrato que concedia à academia um prédio próprio no centro de Palmeira dos Índios. A sede foi inaugurada em 2007, com a bênção do bispo emérito Dom Fernando Iório, consolidando um espaço definitivo para o desenvolvimento de atividades culturais e acadêmicas.
Expansão e legado cultural
A academia não apenas se consolidou, mas também se expandiu. Em 2008, com a reforma do estatuto acadêmico, o número de cadeiras de patronos foi ampliado para 30, permitindo homenagear mais figuras notáveis da sociedade palmeirense e alagoana. Isso garantiu que mais acadêmicos se juntassem à instituição, fortalecendo ainda mais sua presença e influência na cultura local.
Na palestra em Santana do Ipanema, Isvânia Marques reforçou a importância de perpetuar a história cultural de Alagoas, celebrando a trajetória dos acadêmicos que contribuíram para a consolidação da APALCA. Ela destacou a relevância da academia em promover o acesso à cultura, incentivar a produção literária e manter viva a memória de personalidades alagoanas que tanto contribuíram para o desenvolvimento intelectual da região.
O Futuro da APALCA
Com a aproximação de seu 25º aniversário, a APALCA continua a se reinventar e a planejar seu futuro, sempre com o objetivo de manter viva a cultura de Palmeira dos Índios e de todo o estado de Alagoas. A palestra de Isvânia Marques foi um momento de reflexão sobre as conquistas da academia e um convite para todos se engajarem na preservação e promoção da cultura regional.
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