Política
Lewandowski cita 'chegada do PCC a Portugal' ao fechar com Itália vários pactos no combate ao crime
Durante o II Fórum Esfera Internacional, que aconteceu em Roma na sexta-feira (11), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, assinou uma série de acordos com o governo italiano no âmbito da segurança.

De acordo com o portal Metrópole, Brasília fechou acordos com autoridades policiais italianas para aprimorar o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado transnacional. O objetivo é a troca de informações entre os dois países para enfraquecer a atuação de facções brasileiras e eventuais alianças com a máfia italiana.
"Já sabemos que as facções brasileiras estão atuando no exterior. O PCC [Primeiro Comando da Capital] chegou a Portugal. Ainda não temos uma conexão com a máfia italiana, mas essa colaboração internacional será um aprendizado", disse Lewandowski em entrevista durante o fórum.
O objetivo é que haja troca constante de informações sobre criminosos que atuam de forma transnacional e de processos. "Ao invés de termos uma cooperação caso a caso, nós vamos ter uma interlocução permanente. Estamos trabalhando nesse sentido. Talvez até por meio de uma plataforma eletrônica", acrescentou o ministro.
O ministro Ricardo Lewandowski fechou acordo com as autoridades italianas para intensificar o combate ao tráfico internacional de drogas. As negociações foram concluídas com o diretor do Departamento de Segurança Pública e Chefe da Polizia di Stato da Itália, Vittorio Pisani. pic.twitter.com/CsXBQwtffr
— Ministério da Justiça e Segurança Pública (@mjspgov) October 10, 2024
Lewandowski também que comentou que "ontem [10], o procurador antimáfia, de forma muito interessante, disse o seguinte: 'Olha, nós queremos aprender o modus operandi das organizações criminosas brasileiras. Nós já sabemos como opera a máfia aqui na Itália'. Então, são formas distintas de atuação. Nós queremos trocar informações sobre isso".
Em novembro do ano passado, um relatório do Serviço de Informação de Segurança (SIS) português apontou para a presença em Portugal, sobretudo na grande Lisboa, de cerca de 1000 elementos ligados ao PCC – considerada a maior rede de crime organizado do Brasil, relatou a CNN, na época.
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