Internacional
Conflito de guarda internacional desafia mãe brasileira e mobiliza Embaixada no Líbano
Itamaraty diz que tem oferecido assistência consular à nutricionista que tenta trazer a filha para o Brasil
O drama da nutricionista brasileira que tenta trazer para o Brasil a filha de 6 anos que vive com os avós paternos no , numa das regiões mais bombardeadas por Israel, ainda não tem desfecho à vista. O Itamaraty disse em nota que, desde 2022, a Embaixada do Brasil em Beirute e o Ministério das Relações Exteriores têm oferecido assistência consular à brasileira Nacima Jarouche, que vive uma batalha pela guarda de sua filha Sirine, de seis anos, atualmente com os avós paternos no Líbano.
Entenda o caso:
Novos ataques:
A disputa de guarda, complicada pelo cenário de conflitos na região, ganhou novos contornos com os recentes bombardeios israelenses que atingiram o Vale do Bekaa, onde Sirine reside.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada tem mediado ligações e orientado Nacima sobre questões jurídicas para apoiar a solução do conflito. No entanto, uma futura repatriação da criança depende de uma resolução jurídica no Líbano, onde é necessário o envolvimento de advogados locais para representar as partes no tribunal.
O Itamaraty também disse que Nacima pode recorrer à cooperação jurídica internacional junto ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça.
Abusos e violência doméstica
O desafio de Nacima começou em março de 2022, quando Sirine foi para a casa do pai para um final de semana e não retornou mais. O casamento, que havia começado com promessas de uma vida no Líbano, logo se tornou um ciclo de abusos e violência. Após um longo processo legal, a nutricionista obteve a guarda legal da filha. Porém, devido a restrições de viagem impostas pelo pai, Nacima se viu forçada a deixar o Líbano sozinha, enquanto Sirine ficava sob o controle da família paterna.
Desde então, Nacima mantém contato semanal com a filha, que é monitorada pelos avós durante as chamadas, dificultando qualquer conversa direta sobre sua volta ao Brasil. Em uma recente ligação de vídeo, ela notou que a filha parecia desorientada e desconectada dos acontecimentos ao redor, uma situação que só agrava a angústia da mãe.
A brasileira espera que a gravidade do conflito atual possa sensibilizar a Justiça libanesa para autorizar a repatriação da filha, ainda que em desacordo com o pai. “Estou disposta a tudo, inclusive entrar no avião da FAB e ir buscá-la”, afirma.
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