Política
No Planalto, Elmar reafirma a Padilha candidatura a presidente da Câmara
Líder do União Brasil e ministros do partido se reuniu com ministro da articulação política

O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), se reuniu nesta terça-feira com os ministros Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Celso Sabino (Turismo) e Juscelino (Comunicações). Segundo presentes no encontro, o parlamentar reiterou que não vai desistir da candidatura a presidente da Câmara mesmo com as sinalizações favoráveis de diversos grupos da Casa ao líder do Republicanos, Hugo Motta (Republicanos).
Elmar e o líder do PSD, Antonio Brito (BA), ainda devem ter reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Os deputados do União e do PSD firmaram um pacto para se unir futuramente em apenas uma candidatura.
Os ministros do Turismo e das Comunicações são filiados ao União Brasil e tem tentado diminuir as resistências a Elmar dentro do governo. No encontro, Padilha também agradeceu ao partido pela articulação que resultou no adiamento da votação do projeto que dá anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro.
Em um gesto ao governo, o União Brasil atuou e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou nesta terça-feira a votação do projeto que concede anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.
Integrantes do governo disseram que a reunião é corriqueira, mas confirmaram que a sucessão da Câmara foi tratada. Apesar de Elmar ser o nome que mais enfrenta resistência no governo entre os que se colocam na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL), o Planalto tenta não deixar digitais de sua atuação nos bastidores.
Oficialmente, o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que não há preferência entre os nomes que estão colocados.
Na semana passada, Lula recebeu Hugo Motta, que esteve acompanhado do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que também é do Republicanos.
Integrantes da cúpula do PT têm demonstrado preferência por Motta em relação a Elmar, mas ainda assim os candidatos do União e do PSD querem arrancar do governo o compromisso que não vão agir para inviabilizar outros candidatos e querem evitar um anúncio público de Lula de apoio a Motta.
Membros do partido de Lula minimizam a relação de Motta com o presidente do PP, Ciro Nogueira, ex-ministro de Jair Bolsonaro, e com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que articulou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O argumento usado por petistas é que outros candidatos ao comando da Casa também tem um passado com nomes de oposição ao PT e que isso fosse critério para apoio, a legenda não poderia apoiar ninguém.
Se o governo trabalhar por Motta, integrantes da cúpula do União já chegaram a afirmar que iriam trabalhar contra todos os projetos de interesse do Palácio do Planalto na Casa.
O argumento dos governistas é que não há veto a Elmar, mas que Motta tem se mostrado mais articulado com diversos setores na Câmara. O líder do União Brasil tenta neutralizar a concorrência do Republicanos e tem apostado em uma parceria com o PSD, além de tentar dividir o PL, PT e ter apoio de partidos menores, como PDT, PSDB e Solidariedade.
Mais cedo nesta terça, Elmar esteve em uma reunião com o líder da maioria na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), com o líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), e com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP).
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