Internacional
Asilo de opositor González na Espanha não inclui filha, genro e netos, que permanecem na Venezuela
Advogado do ex-diplomata, José Vicente Haro, destaca que parentes não estão sob ameaça; Haro acrescenta que ex-candidato também não dará declarações até formalizar asilo

O acordo que permitiu ao ex-candidato da oposição Edmundo González Urrutia deixar a Venezuela para buscar asilo na Espanha não incluiu o restante de seus familiares, informou uma fonte próxima ao opositor na segunda-feira. O ex-diplomata, que chegou o país europeu no domingo, viajou acompanhado apenas da esposa, Mercedes, segundo o Ministério das Relações Exteriores espanhol.
Ao desembarcar na base aérea de Torrejón, perto de Madri, González foi recebido pela filha mais nova, Carolina, que mora na Espanha, onde trabalha como advogada. Mas Mariana, sua outra filha, continua em Caracas com seu marido, Rafael, e seus dois filhos, netos do ex-diplomata, confirmaram ao menos duas fontes ao jornal venezuelano independente Tal Cual.
— Tomara que no futuro eles possam sair — afirmou uma das fonte a par da situação ao jornal.
O advogado de González, José Vicente Haro, afirmou nesta terça-feira que, apesar de Mariana continuar na Venezuela, ela não estão sob ameaça. Em entrevista à rede de televisão Univisión, o advogado disse que os familiares do ex-diplomata "estão levando suas vidas normalmente, embora com relativa cautela".
Haro também informou que González está realizando os procedimentos necessários para regularizar sua estadia na Espanha como exilado político e que, até que tenha o estatuto oficial de asilado e os documentos que lhe devolvam seus direitos civis e políticos, não poderá falar com a imprensa ou estar em manifestações ou reuniões públicas sobre a Venezuela "sem interferir na política da Espanha".
A equipe de imprensa do ex-diplomata divulgou ainda no domingo um áudio de 41 segundos, no qual agradeceu as mensagens de apoio e solidariedade, as circunstâncias que cercaram sua partida e prometeu continuar "a luta pela liberdade e pela recuperação da democracia na Venezuela".
A partida de González vinha sendo organizada há duas semanas e as negociações contaram com a participação do ex-presidente espanhol José Luiz Rodríguez Zapatero e importantes autoridades venezuelanas, como o presidente da Assembleia Nacional do país, Jorge Rodríguez, e a vice-presidente Delcy Rodríguez — quem tornou pública a saída do ex-diplomata.
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