Internacional
Maior mesquita do Sudeste Asiático: conheça interior de templo visitado pelo Papa Francisco na Indonésia
Papa Francisco e grande imã Nasaruddin Umar assinaram uma declaração conjunta durante a visita

Durante um encontro inter-religioso na mesquita Istiqlal, a maior do sudeste asiático, o papa Francisco e o grande imã Nasaruddin Umar assinaram uma declaração conjunta, na manhã desta quinta-feira. No documento, expressam preocupação com a "desumanização" provocada pela "generalização dos conflitos", assim como com a "instrumentalização" da religião em situações de violência.
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O encontro, que aconteceu na presença de representantes das seis religiões reconhecidas oficialmente na Indonésia — islamismo, protestantismo, catolicismo, budismo, hinduísmo e confucionismo —, também pediu a adoção de "medidas decisivas para preservar a integridade do meio ambiente e dos recursos naturais".
A "Declaração de Istqlal" é parte das medidas adotadas pelo papa Francisco para desenvolver o diálogo inter-religioso, uma questão que tem sido central em sua visita à Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo.
Nasarrudin disse à AFP que a declaração conjunta com o papa é uma expressão de "como muçulmanos e católicos, e todas as religiões do mundo, podem conversar sobre como salvar o meio ambiente".
A mesquita
A mesquita Istiqlal, que pode receber até 250 mil fiéis, fica diante da catedral Santa Maria da Assunção. Os dois templos estão conectados por um "túnel da amizade", considerado um símbolo da fraternidade religiosa.
A sua cúpula, a maior do mundo, medindo 45 metros e sustentada por 12 imensas colunas, ilumina-se à noite com as cores da Indonésia, vermelho e branco. Possui cinco andares, uma torre de 66,66 metros, em referência ao número de versos do Alcorão, que são 6666, e no seu interior possui uma imponente sala de oração retangular, coberta por um tapete vermelho que, como indica o Islã, só pode ser percorrido com os pés descalços e é dividido em uma seção para mulheres, que devem entrar com os cabelos cobertos, e outra para homens.
A mesquita, que é a maior do Sudeste Asiático, com sete entradas que simbolizam os "sete céus do Islã", foi projetado em 1954 pelo arquiteto cristão Friedrich Silaban. A construção demorou 17 anos e hoje não é apenas uma parada para fiéis muçulmanos de toda a região e do mundo, mas também para turistas.
“Temos uma academia, uma biblioteca nacional, ajudamos e prestamos assistência aos pobres e oferecemos estudos não só sobre o Islão, um Islão aberto e tolerante, porque somos todos partes da mesma humanidade e só existe um deus, mas sobre o diálogo inter-religioso, sobre hebraico, árabe, aramaico e outras línguas”, explicou Gugun Gumilar, chefe de comunicação do local.
O grande imã de Istiqlal, Nasarruddin Umar, doutorando na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, e com formações em outras instituições europeias, revelou que todos os dias cerca de 50 mil pessoas comparecem ao templo para orar.
“Às sextas-feiras, dia sagrado para os muçulmanos, podem vir 200 mil”, disse o grande imã, que falou com LA NACION.
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