Esportes
Pedro pode voltar a jogar ainda esse ano? Entenda a gravidade da lesão que também tirou Neymar dos gramados
Ponta do Al-Hilal enfrenta tempo de recuperação de quase um ano para retornar aos gramados

O atacante Pedro, do Flamengo, sofreu uma ruptura no ligamento do joelho esquerdo durante o treino desta quarta-feira e foi cortado da seleção brasileira. Ele teve a mesma lesão de Neymar Jr., que está fora dos gramados há quase um ano, desde outubro de 2023, quando se lesionou em uma partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 contra o Uruguai.
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Pedro se machucou em um lance sozinho, sem contato com outro jogador, quando a imprensa já tinha deixado o CT do Athletico Paranaense. Na sequência, realizou uma ressonância magnética, que apontou a gravidade da lesão. O Flamengo será responsável por cuidar do tratamento do atleta, que costuma levar entre 9 e 12 meses.
Essa não é a primeira vez em que Pedro sofre com a lesão. Em 2018, na época com 21 anos, quando jogava pelo Fluminense, machucou o joelho direito. Na época, o atacante deixou os gramados por cerca de oito meses.
Entenda a gravidade da lesão do jogador:
A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) acontece quando há o rompimento da estrutura, que tem como principal função a estabilização do joelho, especialmente em movimentos com giro, aceleração e desaceleração.
O ligamento é responsável por impedir que a tíbia se mova para frente do fêmur, principalmente em um movimento de freada ou brusca mudança de direção, que é o que acontece no futebol com frequência.O LCA ocupa da frente da tíbia para trás e levemente para fora até a base do fêmur.
Esse tipo de lesão pode haver três graus de intensidade. Primeiro: o ligamento é levemente machucado em uma entorse leve. Ou seja, foi pouco esticado, ainda é capaz de ajudar a manter a articulação do joelho estável, mas causa dor. Segundo: estira até o ponto em que aconteça uma ruptura parcial do ligamento. Terceiro: é a ruptura completa do ligamento, que se rompe e fica dividido em duas partes, e a articulação do joelho ou parte dela torna-se instável.
Qual a diferença da lesão de Neymar?
O atacante do Flamengo não costuma se lesionar tão quanto o ponta do Ah-Hilal. Nos últimos dez anos, Neymar sofreu dez lesões que exigiram um tratamento intensivo e longe dos campos. Na primeira vez que
A ruptura no LCA de Neymar foi além do joelho, tornozelo, dedos dos pés e costas foram outros locais afetados. Enquanto a de Pedro teria afetado apenas o joelho esquerdo. Com isso, o tratamento, de antemão do início, já teria de ser mais longo. O doutor esportivo Lucas Vargas, médico do Sampaio Correa, explicou detalhes de possíveis variantes que podem influenciar no tempo de recuperação.
— Os dois sofreram ruptura total de ligamento cruzado anterior, onde dependendo do peso do atleta e da energia cinética aplica causa uma flexão no joelho, por mecanismo de valgo, que é a abertura interna do joelho, e rotação do fêmur sobre a tíbia causando a lesão no LCA. Porém, no caso do Neymar, a energia cinética no momento da lesão foi maior, causando também no menisco, sendo assim com um prognóstico pior que o do Pedro e, consequentemente, um tratamento também cirúrgico e tempo de recuperação maior — falou ao GLOBO.
Agora com 27 anos, o atacante do Flamengo, que está mais forte e com maior maturidade muscular, aguarda passar por mais exames para entender quanto tempo ficará de fora dos gramados e deve passar por cirurgia. Tendo como efeito comparativo a primeira vez que pedro sofreu a ruptura em 2018 e ficou oito meses fora, é esperado que a recuperação aconteça no mesmo tempo ou mais rápido.
O especialista Lucas Vargas ainda ressaltou que o período fora dos gramados será influenciado pela cirurgia.
— Normalmente a cirurgia ocorre de 3-6 semanas após a lesão. Pois o joelho está inchado e com a musculatura inativa, aumentando o tempo fora dos gramados. Após a cirurgia o atleta já é estimulado ainda no hospital com exercícios de ativação muscular e movimentação do joelho. No entanto, estudos modernos afirmam a importância de no mínimo 6 meses de recuperação para o restabelecimento da força muscular, com simetria entre as duas coxas, e bom controle e equilíbrio em testes funcionais feitos pelo fisioterapeuta, para evitar uma nova lesão — explicou ele.
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