Política

PF investiga candidata do MBL em São Paulo por conta de evento em que chamou Lula de 'ladrão'

Coordenadora do grupo foi intimada a depor a delegado de Brasília, que abriu inquérito atendendo a pedido de Lewandowski

Agência O Globo - 03/09/2024
PF investiga candidata do MBL em São Paulo por conta de evento em que chamou Lula de 'ladrão'
PF - Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar crime contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) supostamente cometido por seis integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), dentre eles a coordenadora do grupo Amanda Vettorazzo (União Brasil), candidata a vereadora tida como uma potencial puxadora de votos no segmento mais à direita em São Paulo.

A abertura da investigação foi assinada em 20 de agosto pelo delegado Diego Dantas Santos, de Brasília, atendendo a pedido do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça). A informação foi inicialmente publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pelo GLOBO.

A PF quer ouvir os militantes do MBL sobre uma manifestação realizada durante visita de Lula ao campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Osasco, em julho. Na ocasião, Amanda e outros líderes do movimento protestaram contra o presidente com gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

O grupo foi expulso do local por apoiadores do petista e relatou ter sofrido agressões — em vídeo publicado nas redes sociais, Amanda chega a mostrar um chumaço de cabelo que teria sido arrancado dela.

O episódio foi registrado num boletim de ocorrência, no qual o grupo disse também que o celular de um dos militantes foi “subtraído por um desconhecido” durante a confusão.

Amanda foi intimada a prestar depoimento à PF no próximo dia 12. A princípio, a oitiva será realizada virtualmente, mas não está descartada a possibilidade de a candidata se apresentar em Brasília.

Além da candidata do União Brasil, também são alvos do inquérito Arthur Scarance, Benjamin Pontes, Larisse Teixeira, Luis Fernando de Miranda e Leonardo de Carvalho Dias.