Política

Candidatos no Rio tem patrimônio médio de R$ 364 mil; veja os mais ricos

Ao todo, há 403 milionários concorrendo tanto para prefeito, como vereador. Marcelo Queiroz, que concorre à prefeitura da capital pelo Progressistas, teve aumento de 655% no patrimônio em dois anos

Agência O Globo - 13/08/2024
Candidatos no Rio tem patrimônio médio de R$ 364 mil; veja os mais ricos

Os candidatos às próximas eleições municipais no estado do Rio já declararam mais de R$ 2 bilhões em bens desde o início do registro das candidaturas. Essas informações foram fornecidas por eles ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda está atualizando os valores dos outros concorrentes no sistema de consulta pública. Até agora, a média de bens declarados por cada candidato em todo o estado é de R$ 364 mil.

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Ao todo, 403 postulantes declararam ter R$ 1 milhão ou mais em bens. Entre os cinco candidatos mais ricos nestas eleições fluminenses, os dois primeiros concorrem a prefeituras na Baixada Fluminense: Clébio Jacaré (União), em Nova Iguaçu, e Netinho Reis (MDB), em Duque de Caxias somam respectivamente R$ 49 milhões e R$ 46 milhões de patrimônio.

Se comparado à última eleição, os bens de Clébio cresceram em 183,4%, considerando a correção de valores do Banco Central. Do total, R$ 4,2 milhões são em espécie. Os demais valores são distribuídos entre imóveis e benfeitorias. Já Netinho jamais havia disputado um pleito. Ele declarou ter R$ 37,4 milhões em aplicações de renda fixa, além de R$ 635 mil em espécie. O candidato também tem aproximadamente R$ 7 milhões em um fundo de investimento.

Com R$ 31 milhões em bens, Mauro Campos (Novo), candidato à prefeitura de Volta Redonda, no Sul Fluminense, é o terceiro mais rico. Completam o ranking, com cerca de R$ 20 milhões cada, Paulo Antunes (PV) e Jorge Pereira (PSD), que concorrem a uma vaga nas Câmaras de Macaé e Rio de Janeiro.

Na capital, de crescimento de 655% a 'empobrecimento'

Na disputa pela prefeitura do Rio há apenas um milionário: o deputado federal Marcelo Queiroz, com R$ 7,6 milhões — um aumento de 665% desde sua eleição à Câmara dos Deputados, em 2022. Candidato à reeleição, o prefeito Eduardo Paes (PSD) declarou à Justiça Eleitoral que perdeu 70% de seu patrimônio neste mandato. Em 2020, afirmou ter R$ 478,3 mil em bens, mas, neste ano, afirma ter R$ 185,6 mil de patrimônio.

Alexandre Ramagem (PL) também declarou ter perdido patrimônio. Em 2024 afirma ter apenas um veículo como bem, avaliado em R$ 264,5 mil. Ele não especificou qual o modelo e marca do automóvel. Em 2022, quando concorreu ao Congresso Nacional, ele declarou uma Mercedes-Benz e uma moto que estariam avaliadas em R$ 460,9 mil considerando a inflação do período.

Já Cyro Garcia (PSTU) declarou R$ 140 mil de bens referentes a um apartamento na Zona Norte da cidade. Em 2022, quando concorreu para governador, ele declarou R$164,7 mil, somando o apartamento e um Celta Spirit, avaliado em R$ 24.760.

Juliete Pantoja (UP) foi a única candidata à prefeitura que não declarou nenhum bem. Em 2022, ela também concorreu para o cargo de governador e declarou apenas R$ 203,99 referentes a um depósito bancário em conta-corrente.

Carol Sponza (Novo) declarou R$ 489,4 mil de bens à Justiça Eleitoral. A quantia é dividida entre um apartamento em que é coproprietária, avaliado em R$ 484,4 mil, e uma empresa em que ela tem R$ 5 mil em cotas. Em 2022, quando ela concorreu como deputada federal, ela declarou os mesmos bens, porém com o apartamento avaliado em R$ 470 mil.

Já o deputado estadual Rodrigo Amorim informou ao TSE que possui R$ 277 mil em patrimônio, cerca de R$ 20 mil a mais que em 2022. O crescimento é de quanto ele possui em dinheiro vivo: R$ 92 mil agora. Seu outro bem é um imóvel de R$ 185 mil.

O deputado federal Tarcísio Motta declarou R$ 12 mil em uma conta corrente, enquanto na eleição passada, quando se elegeu para a Câmara Federal, afirmou ter R$ 2,8 mil.