Candidato a vereador da cidade fluminense de Saquarema pelo PL, Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e pivô do caso que ficou conhecido como "rachadinha", declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter R$ 674,7 mil em bens.

Na lista apresentada à Justiça Eleitoral, Queiroz declara dois apartamentos na Zona Oeste do Rio, um na Taquara e outro na Praça Seca, com valor de R$ 420 mil e R$ 229 mil respectivamente. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro também aponta como bem um carro Volkswagen Voyage, avaliado em R$ 19,9 mil.

Além dos apartamentos e do carro, o candidato a vereador lista um plano de previdência privada no valor de R$ 3.398,05, R$ 1.900 reais na poupança e R$ 416,53 na conta corrente.

Se comparada com a declaração apresentada em 2022 ao TSE, quando Queiroz concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PTB e declarou à Justiça ter R$ 690 mil em bens, o ex-assessor perdeu R$ 15 mil.

Queiroz foi apontado pelo Ministério Público como operador do desvio de salários de outros assessores no gabinete de Flávio, e em 2020 foi denunciado, mas a investigação foi posteriormente anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ponto de partida do caso das rachadinhas foi um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que detectou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. À época, o ex-assessor de Flávio argumentou que fazia “rolos” com venda de carros.

Na plataforma DivulgaCand, do TSE, que disponibiliza para consulta os dados dos candidatos, Queiroz se declara pardo e informa à Justiça que é divorciado. Em 2022, obteve 6,7 mil votos, e não se elegeu.